A Educação Especial tem por objetivo responder a necessidades educativas especiais de caráter permanente, decorrentes de limitações ou incapacidades, que se manifestam no processo individual de aprendizagem, de participação na vivência escolar, familiar e comunitária.

A sinalização, que consiste na comunicação de situações que possam indiciar a existência dessas necessidades educativas especiais, segundo explica a professora Anabela Cartas, do Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas, na edição desta semana do programa “Elvas + Solidária”, pode ser feita por iniciativa de qualquer pessoa e desde a maternidade.

“Esta sinalização depende das características da criança, depende se é detetado algum problema na criança, mesmo em fase de neonatal ou no parto. Há a intervenção precoce, que começa logo nos primeiros anos, em que a criança está no jardim de infância até entrar para o primeiro ciclo e, depois, no primeiro ciclo”, explica Anabela Cartas.

A sinalização, adianta a professora de Educação Especial, deve ser feita, desde logo, quando se percebe que um bebé está muito atrasado na fala, tem dificuldade em começar a andar, em sentar-se ou tem um corpo muito rígido.

Até aos seis anos, a criança pode ser sinalizada para a intervenção precoce, que pode ser feita pelos pais, encarregados de educação, o educador de infância, um médico, um psicólogo, entre outro. A partir dessa idade, e já a frequentar o ensino primário, o mais normal é ser o professor a fazer essa sinalização.

Anabela Cartas revela ainda que, na maioria dos casos, e quando é o professor a fazer a sinalização de um aluno para usufruir de medidas de apoio de educação especial, os pais não reagem da melhor maneira, não querendo acreditar que o filho possa ter algumas necessidades.

A educação especial destina-se, entre outros, a alunos e crianças que apresentam limitações nos domínios auditivo, visual, cognitivo, comunicacional, incluindo a linguagem e a fala, emocional, motor e de saúde física.