“Vidas Ligadas” da Santa Casa de Campo Maior pretende apoiar cerca de 40 pessoas

“Vidas Ligadas” é o nome do projeto da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, e que de uma candidatura aprovada Fundação BPI La Caixa.

Este projeto conta com uma equipa de três pessoas: uma psicóloga, uma assistente social e há na coordenação uma gerontóloga, e destina-se a pessoas com 80 ou mais anos, com doença avançada, como demências, doentes oncológicos, com esclerose múltipla entre outros”. Ana Remudas, assistente social no projeto adianta que é objetivo fazer uma intervenção comunitária, no concelho de Campo Maior e “proporcionar uma melhor qualidade de vida a estas pessoas, através da elaboração de agendas de compromisso, ou seja, elaborar agendas com estas pessoas para que concretizem, dentro dos possíveis, o mais importante na sua vida, nesta etapa, permitindo-lhes ser felizes”.

É objetivo ter “40 beneficiários deste projeto, tentando que sejam os verdadeiros protagonistas, através do levantamento sistemático, do que é realmente importante para elas, bem como criar um novo serviço de acompanhamento a este público e alargá-lo a outras comunidades”, refere a assistente social

Este projeto surge em colaboração com a ULSNA, a equipa de cuidados de paliativos do Hospital de Santa Luzia, em Elvas e com o Centro de Saúde de Campo Maior, bem como município e juntas de freguesia, que sinalizam as pessoas, para o mesmo.

Ana Remudas explica ainda qual o seu papel neste projeto adiantando que “a parte de serviço social prevê estar perto das pessoas, fazer o levantamento das suas necessidades, a nível financeiro, ajudas técnicas, encaminhamento para centro de dia ou apoio domiciliário, porque vamos tentar intervir em pessoas que não tenham, para já, qualquer tipo de respostas”. Já a psicóloga Patrícia Miguéns terá como função “a estimulação cognitiva, tentar fazer atividades de estimulação com os utentes e resolver problemas, a nível psicológico, que os utentes possam ter”.

Relativamente às famílias ou cuidadores destas pessoas, Ana Remudas explica que é também objetivo atenuar o papel do cuidador, com este projeto. “As famílias recebem-nos bem, mas já têm um desgaste muito grande por serem cuidadoras, pelo que, no projeto, vamos tentar atenuar o seu papel, e fazer com que estas pessoas retirem algum tempo para si, porque é benéfico que o cuidador tenha algum descanso”.

Projeto “Vidas Ligadas” da Santa Casa de Campo Maior que foi um de sete projetos aprovados, pela Fundação BPI la Caixa, num total de 74 que foram apresentados, a nível nacional.