Centro Comercial vai nascer em Elvas

RuaAlcamimElvasA Câmara Municipal de Elvas pretende dinamizar o comércio tradicional da cidade, para potenciar a economia e a cultura.

Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, refere que pretende que Elvas tenha um centro comercial aberto para atrair mais turistas e visitantes à cidade: “temos um conceito diferente: não queremos fazer um centro comercial tradicional, tipo um Colombo ou um El Faro, nós queremos um centro comercial aberto e aproveitar o nosso centro histórico para fazer esse centro comercial”.

“Os centros comerciais modernos não se limitam a ter lojas, têm que ter serviços associados a quem nos visita. Mas isto mexe com toda uma comunidade e interage com um conjunto de identidades muito vasto. Se calhar poucos se têm apercebido mas existem quatro ou cinco edifícios no centro histórico que já estão comprados para serem recuperados e serem reutilizados como unidades hoteleiras. Já existem também algumas intenções de investimento, que vão no caminho da modernização do nosso comércio”, revela.

Com vista a este projeto, Elvas vai apostar na acessibilidade ao centro histórico através de um autocarro que leva os visitantes até à parada do castelo: “a estratégia da câmara de Elvas é levar os turistas até ao ponto mais alto da cidade. O autocarro não fica lá estacionado, as pessoas ficam lá, têm um posto de atendimento ao turista (que já está o projeto aprovado) e depois são acompanhadas, em vez de virem sozinhas, nós colocamos à disposição guias para que possam visitar os vários roteiros da cidade e ao mesmo tempo passem pela zona comercial da cidade”.

“Elvas não pode ser só um cartão-de-visita em que tiramos uma fotografia e vamos para casa. Temos que conseguir ter uma estratégia que economicamente ou financeiramente o próprio turismo e a própria cultura se vá autossustentando”, declara o autarca.

“Nós temos um plano para dinamizar o centro histórico e não passa só por ter lá os comerciantes, passa por termos lá também residências de artistas, mas numa lógica diferente: os ateliês vão ser nas lojas que atualmente estão fechadas no centro histórico”, revela.

Nuno Mocinha falou acerca destes projetos durante as Conferências Internacionais de Elvas, que decorreram no Forte da Graça, sob o tema da sustentabilidade e turismo.