Desfile escolar de Carnaval em Arronches inspirado nos 50 anos do 25 de Abril

Os 50 anos do 25 de Abril serviram de inspiração ao desfile escolar de Arronches, que teve lugar na manhã desta sexta-feira, 9 de fevereiro, não nas ruas da vila, como é habitual, mas no pavilhão municipal.

Com as bancadas do pavilhão cheias, o público assistiu a um desfile que contou com os mais diversos disfarces, subordinados ao tema “A Escola dos Nossos Avós”. Não faltaram os brinquedos de outros tempos, como bonecas de trapos e aviões, os ardinas, as floristas, nem uma referência direta à escola do Estado Novo.

Foram “cerca de 150” os participantes neste desfile, revela o presidente da Câmara de Arronches, João Crespo, dando conta que, tendo em conta a chuva, foi necessário, e para que o trabalho desenvolvido não tivesse sido em vão, optar-se por “um plano B”. “Não quisemos deixar de realizar este cortejo, porque foram alguns meses de trabalho intenso, por parte do Agrupamento de Escolas e das instituições do concelho, e não queríamos, de forma nenhuma, que não fossem apreciados pelo vasto público que se encontra no pavilhão”, explica o autarca.

Ao Agrupamento de Escolas e às instituições do concelho que participaram, João Crespo agradece a disponibilidade para colaborar com a Câmara Municipal. Os disfarces apresentados pelas crianças, revela ainda, foram produzidos através de um trabalho conjunto de escolas e funcionários da autarquia, que “trabalham arduamente para que, chegado este dia, estejam lindíssimos como estão”.

A par dos alunos de vários anos de escolaridade, desde o jardim de infância até ao quarto ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas, participaram ainda neste desfile as crianças da creche e pré-escolar e vários utentes do Centro de Atividades Ocupacionais do Centro de Bem-Estar Social de Arronches.

 

Crianças de Campo Maior espalham alegria e folia no desfile de Carnaval

As crianças das escolas de Campo Maior festejaram esta manhã de sexta-feira, 9 de fevereiro, o Carnaval, num momento de muita folia e animação.

Devido à chuva, o desfile não aconteceu nas ruas da vila, como estava previsto, mas sim no Pavilhão do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro.

Foram diversos os temas apresentados pelos alunos do Agrupamento de Escolas, o Centro Educativo Alice Nabeiro e o Jardim de Infância “O Despertar”, da Santa Casa da Misericórdia.

Descargas de superfície já realizadas na Barragem do Caia (c/fotos e vídeo)

A Barragem do Caia já está a proceder a descargas de superfície, com a abertura das comportas cerca das 10 horas da manhã desta sexta-feira.

De acordo com o gestor da Barragem, o Eng. Luís Rodrigues “o nível da albufeira encontra-se acima dos 98% da sua capacidade e como há previsão de chuva é necessário libertar de forma controlada alguma capacidade”.

”As comportas vão estar abertas até ao princípio da próxima semana” como nos referiu Luís Rodrigues.

O objetivo passa por haver “alguma margem de encaixe”, tendo em conta as previsões de chuva, pelo que se tentou baixar o volume para “entre os 175 e 180 milhões, para que o encaixe seja significativo” e para que não haja necessidade de se voltar a fazer descargas, uma vez que há “ainda todo o inverno para armazenar alguma água”, refere.

O sistema de abertura requer a presença de dos técnicos que em simultâneo abrem a comporta.

Crianças das escolas de Vila Viçosa espalham alegria no desfile de Carnaval

Centenas de crianças das escolas do concelho de Vila Viçosa saíram à rua na manhã desta quinta-feira, 8 de fevereiro, para o desfile de Carnaval, que se concentrou essencialmente, na Praça da República, espalhando a alegria e animação próprias desta época.

Para o vice-presidente da Câmara, Tiago Salgueiro, “é sempre uma alegria ver as crianças de todos os níveis de ensino do concelho, festejar o Carnaval, desfilar e confraternizar com as suas famílias”. Tiago Salgueiro esparanda ainda que o tempo possa ajudar à realização do corso marcado para domingo, caso contrário, “será encontrada uma alternativa”.

Este desfile teve como mote a reciclagem e sustentabilidade, pelo que a maioria dos fatos foi elaborado a partir de materiais reciclados e evocava a necessidade do ato de reciclar, e de sermos mais sustentáveis, bem como da proteção dos oceanos e de algumas espécies.

Elvas: “compadres” e “comadres” dão pontapé de saída nas comemorações de Carnaval

Está dado o pontapé de saída nas comemorações carnavalescas em Elvas, depois de cumprido, na manhã desta quinta-feira, 8 de fevereiro, mais um desfile de “compadres e comadres”, entre a Escola Secundária D. Sancho II e a Praça da República.

Num desfile muito animado, em se destaca a troca de quadras entre compadres e comadres, participaram, para além dos alunos da secundária elvense, também alguns alunos da Universidade Sénior. Em conjunto, realizaram os habituais “confrontos” verbais no Largo da Misericórdia, junto à estátua de D. Manuel I.

“Este ano, de forma surpreendente, temos quase o dobro das pessoas: se no ano passado, tivemos 200 pessoas, este ano temos 400 ou mais, porque temos duas procissões muitos grandes, da parte dos compadres e das comadres”, revela o professor Carlos Beirão, presidente da direção da ARKUS, que destaca ainda a presença de cerca de 30 alunos da Universidade Sénior, que estão agora, e depois da pandemia, de regresso a esta festa.

Terminando o desfile, na Praça da República, onde as Roncas d’Elvas e o grupo de Desporto da escola secundária tiveram oportunidade de divertir os presentes, com as suas atuações, foi recuperada uma outra tradição: a de servir o cozido de grão, “com muita farinheira” a cerca de cem pessoas.

As celebrações de Carnaval prosseguem amanhã em Elvas, com o desfile das crianças das escolas de primeiro ciclo do concelho, pela manhã, e com a gala coreográfica de apresentação dos grupos, à noite. Ambas as iniciativas terão lugar no coliseu da cidade.

“Sempre e Nunca Mais”: exposição dedicada ao 25 de Abril para visitar no MACE

São mais de 60 as obras de arte da coleção António Cachola que compõem a exposição “Sempre e Nunca Mais”, inaugurada na tarde do passado sábado, 3 de fevereiro, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), na presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Integrada no programa nacional das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, esta exposição, teve o seu momento inaugural no Paiol de Nossa Senhora da Conceição, sendo que os presentes foram, posteriormente, convidados, em visita livre, a conhecer a mostra.

Lembrando que um dos propósitos do 25 de Abril foi a democratização do acesso à cultura, o ministro Pedro Adão e Silva considera que estas comemorações, mais que uma evocação histórica, são importantes para que se possa “projetar os próximos 50 anos da democracia”. A colecionadores de arte como António Cachola, o ministro agradece a “generosidade” de colocarem as suas coleções particulares ao dispor da população.

Ao todo, revela o comendador António Cachola, são 38 os artistas que estão representados nas 66 peças em exposição. Muito satisfeito com a presença de diversas entidades na abertura da exposição, o colecionador diz ainda que é “muito bom” que a mostra esteja integrada no programa nacional das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Para o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, esta foi uma forma “muito interessante” de se começar a celebrar, na cidade, a data. O autarca lembra ainda o investimento feito por António Cachola em todas estas obras de arte, bem como a forma como o colecionador consegue mobilizar, quer as mais diversas entidades, quer os mecenas.

Esta exposição, segundo explica a curadora Ana Cristina Cachola, é “um apelo direto à liberdade”. Com “Sempre e Nunca Mais”, apela-se, sobretudo, ao pensamento crítico de cada um em torno do tema. Levar “a uma ação responsável para que o 25 de Abril se continue a cumprir”, diz ainda Ana Cristina Cachola, é um dos grandes objetivos desta exposição, que é feita das mais diversas temáticas.

Ana Cristina Cachola contou, nesta exposição, que pode ser visitada até junho, com a assistência de curadoria de Tiago Candeias. Na abertura da exposição estiveram presentes, entre outras entidades, vários autarcas da região, como o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, e o presidente do Município de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão.

Na ocasião foram ainda dados a conhecer os três novos jovens embaixadores do MACE: Alexandra Marrafa, João Malhado e Leonor Beicinha. 

APPACDM encerra festejos do 35º aniversário na Praça da República de Elvas

Os festejos do 35º aniversário da Associação Portuguesa de Pais e Amigo do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Elvas terminaram, na manhã desta sexta-feira, 2 de fevereiro, com uma pequena demonstração do trabalho realizado, ao longo de todo o ano na instituição, na Praça da República.

Para além dos produtos confeccionados na APPACDM, como as empadas, os bolos secos, as queijadas, as compotas e a ginja, a festa foi feita com várias atividades, como jogos adaptados e de estimulação cognitiva, segundo explica o presidente da instituição, Luís Mendes.

Aos utentes da APPACDM, nestas atividades, juntaram-se ainda crianças de creches e infantários, bem como os idosos dos lares da Santa Casa e Júlio Alcântara Botelho. “Vieram aqui assistir, assim como várias pessoas que estão aqui na praça, porque todos eles sentem, pela APPACDM de Elvas, aquele carinho e atenção que temos entre todas as associações”, diz ainda Luís Mendes.

Aproximar a instituição da população e promover a inclusão dos utentes na sociedade, de uma forma “divertida e descontraída”, foi o grande objetivo desta iniciativa.

O aniversário da APPACDM de Elvas celebrou-se no passado domingo, 28 de janeiro, sendo que a data foi celebrada entre segunda-feira e ontem, com festa de aniversário; missa na instituição, aberta a toda a comunidade; um almoço convívio; e ainda um workshop para pais e cuidadores.

Festival dos Grous envolve alunos na observação de aves e instalação de caixas ninho

A colocação de caixas ninho para rolieiros, uma espécie de ave estepária, teve lugar na tarde de ontem, sexta-feira, 2 de fevereiro, em Campo Maior, no âmbito das atividades da sexta edição do Festival dos Grous.

A organização deste festival é da responsabilidade do Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura (GEDA). Um dos responsáveis do grupo, João Sanguinho, explica que esta atividade, que envolveu os alunos do curso profissional de Turismo Rural e Ambiental, da Secundária de Campo Maior, teve como objetivo “dar apoio à fixação de algumas espécies, neste caso de rolieiros, para fomentar a conservação e potenciar a atratividade turística, porque é muito procurada para a sua observação”.

Os rolieiros, adianta João Sanguinho, são pouco comuns nesta área, mas com estas caixas ninho “é possível que esta espécie tenha todas as condições para nidificar, sendo que depois é necessário fazer um trabalho de monitorização para perceber se a espécie ali nidifica ou se é vista”.

O Festival dos Grous prossegue amanhã e domingo, com várias atividades, entre as quais a observação de aves. “São dois dias dedicados a quem se inscreveu, e as inscrições estão dentro daquilo que é o sustentável, com pessoas vindas de vários pontos do país e de Espanha, porque o birdwatching e turismo de natureza têm muita procura, o que nos encoraja a continuar e melhorar aquilo que é o Festival e a aumentar oferta”, adianta João Sanguinho.

Esta atividade contou com a colaboração da E-Redes. Vítor Baptista, da área de sustentabilidade corporativa da empresa, garante que se associam sempre “a associações locais, na preservação da avifauna, porque são elas que estão e conhecem o terreno e são veículos de implementação de medidas de mitigação”.

Vítor Baptista considera que a instalação destas caixas ninho “resulta bem, no reforço e propagação da espécie de rolieiros”. Tendo em conta que esta instalação de caixas ninho é feita na rede elétrica, garante Vítor Baptista, “a E-REDES teria de estar presente porque há regras de segurança não só das infraestruturas, mas também das pessoas e das próprias espécies, que têm de ser asseguradas”.

Festival dos Grous prossegue amanhã e domingo com várias atividades que pode consultar, através do programa disponível AQUI.

Trabalhadores da Hutchinson de Campo Maior numa “greve histórica”

Os trabalhadores da Hutchinson estão em greve até às 22 horas desta quinta-feira, 1 de fevereiro, numa luta que irá durar 24 horas, uma vez que começou ontem, pela mesma hora.

Campo Maior: agricultores sentem-se “menosprezados pelo Governo”

Devido ao protesto dos agricultores, em Campo Maior, só é possível chegar à vila, ou pela estrada da Barragem do Caia, ou pela Estrada do Retiro, estando cortados os acessos pela Nacional 373 e pela estrada de Degolados.

Na estrada do Retiro, que liga Campo Maior a Badajoz, a passagem está a ser permitida a veículos ligeiros, pelo que há filas de quilómetros, com veículos pesados de mercadorias, não só neste acesso mas também no sentido Arronches – Campo Maior.

São cerca de 60 os agricultores que se manifestam em Campo Maior, com mais de 30 tratores. António Pinheiro, um dos agricultores revela que todos se sentem “menosprezados pelo Governo”, afirmando que “as últimas Políticas Agrícolas Comuns têm feito com que os agricultores tivessem dificuldades brutais, relativamente às políticas ambientais acabaram com a eletricidade verde e querem acabar com o gasóleo agrícola.

O que levou os agricultores a insurgir-se, garante António Pinheiro, “foi o corte de 35% nas medidas agroambientais que levou jovens agricultores a terem problemas graves, porque tinham contratos feitos, há créditos de campanha e compromissos com as entidades bancárias que têm de ser cumpridos. Existe uma linha direta do IFAP que é direta para as entidades bancária, em que as pessoas comprometem e a entidade bancária adianta o dinheiro, mas houve um corte de 40, 50 e 60%, e quem tem agricultura biológica levou ainda um corte maior e portanto neste momento não consegue fazer face aos compromissos que tem”

“Torna-se insustentável continuar a agricultura assim”, garante António Pinheiro. O objetivo deste protesto passa por “obrigar o Governo a tomar medidas, junto da Comissão Europeia, para salvaguardar a agricultura portuguesa”.

António Pinheiro garante ainda que o protesto se mantém por “tempo indeterminado”, pelo que só irá terminar quando obtiverem uma resposta favorável por parte da tutela.

Outro dos agricultores, Luís Minas, explica que as reivindicações passam, entre outros, pelas “exigências ambientais” que têm vindo a ser feitas, no caso das políticas agroambientais. Sobre o comunicado emitido ontem pela CAP, que dava conta de uma reversão nos apoios ao setor, este agricultor diz que “é uma promessa que não dá garantias a ninguém”.

Luís Minas lamenta que os pesados de mercadorias sejam prejudicados com este protesto, mas “não havia outra forma de reivindicarmos e sermos ouvidos, porque infelizmente os agricultores estão muito abandonados pelo Governo”.

Neste momento, os pagamentos das ajudas não foram o que as pessoas contavam e isto, adianta Luís Minas, “leva a agricultura à falência, porque muitos agricultores já passam dificuldades e não conseguem cumprir os seus créditos, porque contavam com determinados apoios, que desapareceram”.

De recordar que a A6, na fronteira do Caia, tem estado cortada nos dois sentidos, entre Portugal e Espanha, com viaturas que impedem o trânsito, devido a este protesto, que acontece hoje, não só na região, mas em vários pontos do país.