As instituições de acolhimento de crianças em risco estão a ficar lotadas, na região e no país.
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Elvas está a deparar-se com esse problema quando tem de retirar uma criança e colocá-la num centro de acolhimento.
Vitória Lérias, presidente da Comissão, explicou a dificuldade em arranjar um lar temporário para estes menores.
“O acolhimento institucional para rapazes não temos vaga, nem regional nem nacional. De raparigas, por enquanto, temos vaga. Temos uma colaboração muito importante, em Elvas, com o Centro de Acolhimento dos Cucos, que mesmo sem vaga, recebem os nossos menores (…) a situação é ainda mais complicada dos 12 aos 18 anos”.
A esta situação não é alheia as dificuldades económicas cada vez mais precárias das famílias. Os filhos, muitas vezes, não encontram as condições mínimas no seio familiar para ali permanecerem e têm de ser retirados pelas entidades instituidas. “A crise contribui ainda mais para este tipo de quadro familiar mais problemático”, reconheceu Vitória Lérias.