António Costa foi indigitado esta terça-feira como primeiro-ministro de Portugal pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Depois de quase uma hora de reunião, o líder socialista deixou Belém, em cima das 12 horas sem esclarecer os jornalistas se tinha sido indigitado pelo Presidente da República.
O anúncio foi feito no site da Presidência da República dez minutos depois atravé de um comunicado no qual se lê: o Presidente da República decidiu, ouvidos os partidos políticos com representação parlamentar, indicar o Dr. António Costa para Primeiro-Ministro.”
Em comunicado, Cavaco Silva refere que a hipótese de um governo de gestão “não corresponderia ao interesse nacional”, sublinhando que perante a impossibilidade de dissolver a Assembleia da República e convocar eleições, “tal situação prolongar-se-ia” por tempo indefinido.
“As informações recolhidas nas reuniões com parceiros sociais e instituições e personalidades da sociedade civil confirmam que a continuação em funções do XX Governo constitucional, limitado à prática dos atos necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos, não corresponderia ao interesse nacional.”
Nesta decisão também pesou a resposta de António Costa “às duvidas suscitadas pelos documentos subscritos pelo BE, PCP e PEV”, como vinca o comunicado da presidência.
“O Presidente da República tomou devida nota da resposta de António Costa às duvidas suscitadas pelos documentos subscritos pelo BE, PCP e PEV quanto à estabilidade e durabilidade de um governo minoritário do PS no horizonte temporal da legislatura.”
Duas semanas depois da queda do Executivo PSD/CDS-PP no parlamento, Cavaco Silva decidiu dar luz verde à formação de um governo de iniciativa do PS, com apoio do BE, PCP e PEV.