O fim das tarifas reguladas do gás e da água foi adiada para, pelo menos, até 2017. Segundo Mara Constantino da delegação de Évora da DECO – Defesa do Consumidor, que é a convidada da edição de hoje do À Conversa Com, onde nos fala acerca deste assunto.
Esta medida surge para garantir que as empresas desenvolvem ofertas mais competitivas. A alteração do calendário já tinha sido posta em cima da mesa no final do ano passado, trata-se de um prazo muito mais alargado do que pretendia a Troika, que logo no início da intervenção em Portugal exigiu o fim imediato das tarifas reguladas. As autoridades internacionais acabariam por aceitar a proposta portuguesa, para manter um regime transitório, mas o prazo fixado para o final de 2015 caiu, e poderá voltar a cair se for necessário. Pelo menos até 2017 o governo vai permitir que as pessoas continuem a escolher a melhor oferta e, se for preciso, dá-se outro prazo, porque o objetivo não é cortar a luz a ninguém, garante a jurista da DECO.
Mara revela ainda que a DECO tem recebido algumas reclamações: temos de facto na DECO recebido várias reclamações neste setor, nomeadamente a duplicação de faturação, as pessoas sentem-se confusas, ou seja, fazem a mudança, e em determinada altura já não sabem qual é o fornecedor que efetivamente lhes está a fornecer energia, porque estão a liquidar aquele que contraram em ultima instância, mas o que é certo é que continuam a receber faturas de outro comercializador, chegamos ao ponto de terem cartas com aviso de corte.