Os autarcas dos 15 concelhos que compõem aComunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) aprovaram por unanimidade a abertura do concurso público para o estudo do projeto da nova aldeia do Pisão.
Após a adjudicação da obra para a construção da rede de infraestruturas primárias do Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, Barragem do Pisão, a um consórcio Ibérico, passamos agora à fase que diz respeito àquela que vai ser a nova aldeia, com novas construções, infraestruturas e serviços.
A aprovação para o lançamento deste concurso público decorreu no último Conselho Intermunicipal da CIMAA, que teve lugar na passada quinta-feira, 14 de novembro, em Castelo de Vide. A construção da Barragem do Pisão provocará a submersão da totalidade da atual aldeia do Pisão, que obriga ao realojamento da população e à construção de uma nova aldeia, uma das vertentes que requer maior acompanhamento e atenção.
Para Hugo Hilário, presidente da CIMAA, “este passo demonstra o compromisso do Alto Alentejo com as pessoas, com a população do Pisão e das localidades adjacentes. Os interesses dos moradores, a sua qualidade de vida, sempre foram um ponto fulcral neste projeto. As grandes obras também acontecem pelas pessoas e são inegáveis os benefícios que a Barragem do Pisão trará ao Alto Alentejo, tanto ao nível do abastecimento de água, como novos postos de trabalho, infraestruturas turísticas, entre tantas outras coisas.”
A nova aldeia do Pisão irá nascer junto ao lugar do Monte da Velha. Para isso, está prevista para o início do próximo ano a apresentação do “Masterplan” da nova aldeia. Os contactos com as instituições e entidades representativas da comunidade já foram efetuados e será brevemente constituída a Comissão de Acompanhamento da Reinstalação da nova aldeia do Pisão (CARNAP), com o objetivo de acompanhar o processo, garantindo que o mesmo decorre de forma próxima e integrada com a população.
A Barragem do Pisão é o mais avultado investimento inscrito no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com uma dotação de aproximadamente 141 milhões de euros e mais 10 milhões previstos no orçamento de estado. A sua concretização permitirá garantir de forma sustentada o abastecimento público de água, o estabelecimento de novas áreas de regadio e a produção de energia a partir de fontes renováveis, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento económico da região e consequentemente com um profundo impacto positivo na qualidade de vida da população.