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Sem médicos, Avis continua em “situação bastante complicada”

A 80 quilómetros do Hospital de Portalegre e outros 80 do Hospital de Évora, o concelho de Avis continua a debater-se com a falta de médicos para dar resposta às muitas necessidades da população.

Apesar das manifestações e protestos junto das entidades competentes, Nuno Silva, o presidente da Câmara Municipal de Avis, confirmou à Rádio Elvas que continua tudo na mesma.

“Estamos trabalhar em articulação com a Unidade Local (de Saúde) do Alto Alentejo, para que consigamos pôr aqui estes profissionais e dar resposta a estas necessidades”, refere o autarca. “A nível de interior, como não temos outros recursos, acabamos por ficar sempre numa situação bastante complicada”, comenta, consciente que a falta de médicos é “abrangente de norte a sul do país”.

“Temos extensões de saúde, mas se não tivermos os profissionais, fica comprometido este apoio à saúde, o que leva a que as pessoas, para terem uma consulta, tenham que ir às 4 ou 5 da manhã para apanharem senha. Mas, se tiverem a necessidade de fazer exames complementares de diagnóstico, têm que esperar mais três ou quatro meses para os mostrar ao médico”, acrescenta.

Nuno Silva refere ainda a “mão bastante importante” do Governo, que terá de criar outro tipo de metodologia, “para que se possa ter estes médicos no interior, em quantidade e em qualidade, de forma a dar resposta às necessidades das nossas populações”.

O concelho de Avis tem, atualmente, apenas um clínico já reformado a dar consultas e dois em prestação de serviço, sendo que um tem estado a gozar de licença parental. Com uma população maioritariamente envelhecida e a evidente falta de recursos, a situação apresenta-se cada vez mais complicada.

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