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Renegociação do spread para baixar prestação da casa em destaque na DECO

O Banco Central Europeu já veio admitir que as famílias com rendimentos mais baixos vão sentir mais o impacto da subida dos juros e da redução do poder de compra, podendo mesmo ficar em risco de entrar em incumprimento, nomeadamente com as prestações do crédito habitação.

Na edição desta semana da rubrica da DECO, a jurista na delegação do Alentejo da Associação para a Defesa do Consumidor, Ana Sofia Rosa, revela que “uma das soluções a adotar para evitar este tipo de situações pode passar pela renegociação do spread, no entanto, muito consumidores, aquando do pedido de renegociação junto do banco, são confrontados com propostas que chegam a ser penalizadoras, aumentando a sua taxa de esforço”.

Convém ter presente, acrescenta a jurista, que o spread “corresponde à margem de lucro do banco, pelo que é natural que as instituições não a queiram perder. Assim, a maioria dos bancos tem encontrado formas de, mesmo baixando o spread, não perderem o seu rendimento, apresentando aos consumidores produtos que terão de contratualizar para baixar esta componente da prestação”.

Ana Sofia Rosa alerta que, nesse caso, “o consumidor não está obrigado a aceitar a proposta que te foi apresentada e a subescrever outros produtos. Se a mesma não for compensadora, poderás fazer uma contraproposta ao banco e encetar, então, uma verdadeira negociação”.

A renegociação do spread para baixar a prestação da casa é o tema em destaque esta semana, na rubrica da Deco.

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