Elvenses Ana e Graça Sinfrónio iniciam vida religiosa no Mosteiro de Campo Maior

As irmãs elvenses Ana e Graça Sinfrónio celebraram este sábado, 3 de setembro, a iniciação à vida religiosa no Mosteiro da Imaculada Conceição, de Campo Maior.

A celebração de tomada de hábito foi presidida pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, na presença de muitos familiares e amigos destas jovens de 22 e 24 anos.

Para o arcebispo de Évora e para a Arquidiocese, é “uma grande alegria” perceber que, com a chegada destas irmãs, o Mosteiro vai-se conseguindo “revitalizar”, com um “sentido muito grande de dádiva na sua vida quotidiana”. No mosteiro, lembra D. Francisco Senra Coelho, as monjas têm “duas grandes marcas”, por um lado, “morrendo para o mundo, no sentido de fazer uma opção radical por Deus”, e, por outro, vivendo “com os olhos em Deus e que sabem que sua renúncia terá a consumação da glória”.

Para o pai de Graça e Ana, José António Sinfrónio, este é um dia “muito importante” para a família, assegurando que esta foi uma escolha, não das filhas, mas de Deus. Apesar do investimento feito nos cursos superiores de ambas, José António não tem dúvidas que esta escolha, de integrar a Ordem da Imaculada Conceição, é a melhor. José António revela ainda que alguns dos amigos das filhas, sobretudo os mais afastados na igreja, ao contrário da família, não entendem a escolha de Ana e Graça.

Para o padre Francisco Bento, que batizou, em Elvas, Ana Sinfrónio, as irmãs disseram “sim” ao chamamento, sendo que, do seu ponto de vista, tudo depende “de um princípio e de uma educação”.

Presente nesta cerimónia esteve também a irmã Maria de Fátima Magalhães, que, como revela, teve, no Colégio Luso Britânico, Ana e Graça como suas alunas, assegurando que cada pessoa “é chamada por Deus a uma vocação”. A irmã diz ainda que esta é uma vocação de silêncio, sendo que Ana e Graça, apesar de se encontrarem em clausura, são felizes.

No decorrer da cerimónia, para além de vestirem o hábito da Ordem da Imaculada Conceição, Ana e Graça cortaram os seus longos cabelos, num ato de renúncia da vaidade.

De recordar que, para trás, Ana e Graça Sinfrónio deixam os cursos de Fisioterapia e Educação Básica, que já tinham concluído.