“Boas práticas na gestão sustentável do património hidráulico” foi o tema das Conferências Internacionais, que decorrem esta sexta-feira, 24 de junho, na Casa da História Judaica de Elvas.
Uma iniciativa da AIAR, no âmbito das comemorações dos 400 anos do Aqueduto da Amoreira.
Estas conferências contam com a participação de um conjunto de estudiosos e investigadores, nacionais e estrangeiros, com o objetivo de debater a questão da arquitetura da água e avaliar dos variados interesses que essas infraestruturas detêm.
Santiago Martinez, arqueólogo do Consórcio da Ciudad Monumental de Mérida, abordou questões relacionadas com o Aqueduto de los Milagros de Mérida, onde destacou “a forma como os romanos captavam água de qualidade para abastecer a cidade, este é um exemplo de recursos”. Em Mérida, este consórcio, como revela Santiago, “dedica todos os seus recursos para manter a conservação, não só o Aqueduto, mas também o restante património monumental”.
Seguiu-se depois da apresentação do conservador Álvaro Barbosa acerca do Aqueduto de Convento de Cristo, de Tomar, e a sua relação com a vida humana. Álvaro Barbosa explica ainda as particularidades deste aqueduto, que “foi construído para resolver um problema agrícola e de sustento do frades religiosos da Ordem de Cristo, que foram constrangidos a viver na clausura, no tempo de D. João III, e uma das soluções encontradas foi transformar a cerca de clausura, uma área rural com cerca de 39 hectares, num lugar de produção agrícola, rentabilizá-la e aumentar o seus proventos”.
As Conferências Internacional de Elvas decorrem até às 19 horas desta sexta-feira, na Casa da História Judaica de Elvas.