Badajoz viveu ontem, quarta-feira, 22 de dezembro, um acontecimento histórico, uma vez que o sino de Espantaperros voltou a tocar, 143 anos depois de que o Ayuntamiento pacense decidiu retirá-lo para requalificação.
Este último passo não foi dado definitivamente e ficou partido, especificamente, em 45 peças a partir das quais Campanas Rivera teve de construir a réplica da mesma forma que se fez no século XVI.
Ao longo do caminho, as fundições de Montehermoso deixaram muitas horas de trabalho, mas também tiveram uma enorme satisfação em fazer esta “jóia” nas suas terras, a Extremadura.
O sino foi financiado por mais de 900 pessoas que poderão ler seu nome numa placa colocada ao lado da porta que leva ao topo da torre. Aqueles que contribuíram com mais de 500 euros, considerados VIP, receberam uma pequena quantia em agradecimento.
O original voltou aos armazéns do Museu Arqueológico de Badajoz onde esteve durante anos, mas é provável que logo volte a aparecer, uma vez que o autarca anunciou que vai pedir para o expor no Museu da Cidade de Luis de Morales.
Já o mestre dos sinos garante que nos dias em que o vento sopra de sudoeste ouve-se até em Olivença, mas que os seus habitantes não se assustem, porque o que se ouvirá serão os ecos da história de Badajoz.