Os médicos do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) já substituíram a receita em papel pelo envio de dados em circuito eletrónico, que inclui todo o ciclo da receita, desde a prescrição do médico, à dispensa na farmácia.
O novo modelo permite a prescrição em simultâneo de diferentes tipologias de medicamentos.
Segundo Sónia Martins, do HESE, o Alentejo é um dos pioneiros na implementação da receita eletrónica: no dia 15 de março todo o Alentejo arrancou, antes de todo o país, com a implementação das receitas em papel. A reação quer dos profissionais quer dos utentes tem sido fabulosa.
As principais vantagens são as seguintes: o utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) antes do dia 15 de março levava uma receita, que tinha que aviar na sua totalidade na mesma farmácia, essa é uma das grandes mais-valias que a receita sem papel trás ao utente, podendo decidir dispensar apenas parte dos fármacos e fica com os restantes fármacos ativos para dispensar noutro dia ou noutra farmácia.
Apesar deste novo modelo se chamar receita sem papel, os utentes continuam a levar para casa a guia de tratamento. A prescrição exclusiva através de receita eletrónica passou a ser obrigatória em todo o Serviço Nacional de Saúde.