Hoje, dia 4 de fevereiro, a Rádio Campo Maior associa-se à comemoração do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, com o testemunho de três sobreviventes.
Elaborámos para este dia uma reportagem com testemunhos de pessoas que atualmente passam por esta doença, testemunho de familiares e de profissionais de saúde, com o objetivo de dar alento e coragem àqueles que enfrentam esta doença.
Algumas das doentes que passam pelo Hospital de Dia de Elvas deram-nos o seu testemunho.
É muito complicado. A realidade é esta, é muito complicada porque vamos pensar que a nossa vida a partir daí vai ser completamente diferente, que é para lutar, que é uma doença demorada e que é para viver com ela. Só que isto tudo tem de ser assimilado a pouco e pouco…, refere uma das mulheres que falou à nossa reportagem.
Cá estamos para encarar a situação e dar forças a outras pessoas. Vou recebendo forças e das poucas que tenho ainda vou dando algumas a pessoas amigas e pessoas conhecidas, no fundo, o importante “é ter e dar força”.
Um dia senti uma dor nos dois peitos, mas uma dor muito esquisita”, começa por contar uma das testemunhas desta doença, “e depois passou. Depois vi logo que tinha aqui qualquer coisa. Estupidamente, calei-me muito bem caladinha, não disse nada a ninguém (…) até que uma noite tive de ir para as urgências com uma cólica, e foi quando disse ao meu marido.
O médico oncologista Rui Dinis garante que há cancros com mais de 50% de possibilidade de cura, por exemplo o cancro da mama, o problema está na prevenção e no diagnóstico precoce, porque notamos que os doentes continuam a chegar em fases muito avançadas da doença”.
