Os sacos de plástico passam a custar, a partir de hoje, dez cêntimos a unidade.
Esta medida insere-se no âmbito da reforma da fiscalidade verde, levada a cabo pelo Ministério do Ambiente, tutelado por Moreira da Silva. A ideia é combater os excessos dos consumidores, pois feitas as contas, cada português gasta 500 sacos por ano.
Para as empresas esta regra poderá sair mais cara já que as empresas estão proibidas de vender sacos adquiridos antes dessa data, o que está a provocar contestação devido aos previsíveis prejuízos. A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) alerta que esta imposição vai custar “milhares de euros e causar danos ambientais elevadíssimos”.
Para a Quercus esta é uma batalha ganha, tendo em conta os benefícios para o meio ambiente, ainda que o valor excessivo dos sacos de plástico seja contestado por Nuno Sequeira, da organização não-governamental. Parece-me um pouco exagerado o valor; possivelmente bastava metade desse valor para reeducar as pessoas a não utilizar tanto os sacos de plástico, até porque essa medida já foi colocada em prática em alguns supermercados e funcionou com taxas de dois cêntimos, alega.
Como forma de combater esta medida, o Intermarché de Elvas, ao longo do dia de hoje, oferece sacos de ráfia aos seus clientes. Queremos evitar que as pessoas gastem dinheiro nos sacos, e por isso oferecemos sacos de ráfia, para eles começarem já a ficar sensibilizados, assegura Ernesto Cunha, gerente da superfície comercial.