A União Geral de Trabalhadores (UGT) de Portalegre vem a público, através de uma moção, revelar-se satisfeita pela abolição das portagens na A23, autoestrada que serve, principalmente, a capital do Alto Alentejo, Portalegre, e os concelhos a norte do distrito.
A UGT considera que o fim das portagens nas ex-scuts traz “benefícios às empresas aqui implantadas, seus trabalhadores e famílias, mais concretamente para quem se queira deslocar à capital do país, Lisboa, ou no sentido norte”.
Por outro lado, a UGT diz-se solidária com a crítica de algumas organizações, como a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e a Associação Empresarial de Elvas, quanto ao aumento das portagens na A6. Esse aumento, garante, é “penalizador para as populações dos concelhos servidos por esta via, como Elvas e os restantes a sul do distrito de Portalegre”.
A moção, aprovada por unanimidade na última reunião do secretariado distrital da UGT, para ler na íntegra:
“Abolição das portagens nas Scuts traz desafogo ao distrito de Portalegre
A UGT Portalegre vem tornar público o seu agrado pela abolição das portagens na autoestrada A23, que serve, principalmente, a capital, Portalegre, e os concelhos a norte do distrito, trazendo benefícios às empresas aqui implantadas, seus trabalhadores e famílias, mais concretamente para quem se queira deslocar à capital do país, Lisboa, ou no sentido norte.
Na realidade, e contrariando outras opiniões que têm vindo a público, para quem não queira utilizar “a via mais próxima que a região possui para chegar a Lisboa”, que dista menos de 200 kms e não tem portagens (exceptuando as pontes sobre o Tejo), via Ponte de Sor, e provavelmente “uma das mais utilizadas pelas populações do distrito”, existe a possibilidade de utilização das autoestradas A6 ou A23.
De forma mais detalhada, basta relembrar que quem queira deslocar-se de Portalegre a Lisboa, pode fazê-lo através da A6, via Estremoz, percorrendo 227 kms ou então pela A23/A1, via Barragem do Fratel, percorrendo 229 kms. Em distância a diferença é insignificante, mas, agora, no seguimento da abolição das portagens na A23, quem faça este percurso pela A23/A1 paga 7,00€, enquanto quem for pela A6 vai pagar 17,20€, ambas até Lisboa. Não é garantidamente insignificante uma poupança de 10,20€ na ida, muito menos serão 20,40€ se considerarmos ida e volta. Implementada esta alteração, avizinha-se o aumento de circulação no IP2/N18 em direção à Barragem do Fratel, enquanto todos nós aguardamos, pacientemente, a alteração aos horários da CP – Comboios de Portugal para servirem verdadeiramente o distrito.
Quanto ao aumento do custo que se verificou na A6, solidarizamo-nos com a crítica de algumas organizações, como a Turismo do Alentejo e Ribatejo, ERT ou a AEE – Associação Empresarial de Elvas, pois é penalizador para as populações dos concelhos servidos por esta via, como Elvas e os restantes a sul do distrito de Portalegre. Se a A23 foi construída para trazer desenvolvimento ao interior, o mesmo se deve aplicar à A6, e a tendência deve ser, sim, a da redução do seu custo.
A UGT Portalegre aponta ainda a Plataforma P’la Reposição das Scuts na A23 e A25, que, querendo louros exclusivos pela proposta aprovada na Assembleia da República, insiste em omitir a importância e os benefícios que esta medida traz para as famílias e empresas e seus trabalhadores do Alto Alentejo e do Ribatejo, regiões com organizações que nunca foram chamadas a participar na referida plataforma.
A UGT Portalegre aproveita para desejar um bom ano 2025 para todos os trabalhadores e famílias no distrito, com saúde, desejando também um aumento demográfico e do emprego na região, a bem de todos.