A falta de estacionamento deu origem a um projeto da Câmara de Elvas para construção de um parque subterrâneo, junto às portas de Olivença, onde se encontra o parque à superfície, ao fundo da Rua de Alcamim.
O presidente do Município, Rondão Almeida, garantiu à Rádio Elvas que tem, neste momento, a verba necessária para fazer a obra, que terá um custo entre um milhão e meio e dois milhões e meio de euros, tendo pedido parecer à Direção Regional da Cultura do Alentejo que deu parecer favorável condicionado.
“Em 9 de fevereiro de 2024, a Direção Regional da Cultura do Alentejo deu parecer favorável condicionado”, referiu Rondão Almeida, acrescentado que “estava condicionado a que fizéssemos sondagens arqueológicas e projetos de arquitetura e especialidade. As sondagens foram feitas e enviámos logo de seguida os projetos para a Direção Regional.”
Para surpresa da autarquia elvense, a Direção Regional da Cultura do Alentejo enviou o processo para o Instituto do Património Cultural, em Lisboa, que deu parecer desfavorável. “Recebemos um parecer desfavorável” – explica Rondão Almeida – “sem qualquer fundamentação técnica, dizendo apenas que, por princípio, não se devem fazer parques subterrâneos nos centros históricos. Esta resposta, «por princípio», fez me logo contactar o presidente do Instituto do Património Cultural que me disse que não se tinha apercebido que havia esse parecer desfavorável dado pela subdiretora do Instituto e comprometeu-se a analisar toda a situação”.
No entanto, o presidente do Instituto do Património Cultural, em Lisboa, foi substituído pelo atual Governo, o que veio a atrasar o processo, segundo Rondão Almeida: “o ex-presidente ligou-me a dizer que tinha sido substituído e que agora o assunto teria que ser tratado por quem tomou posse a 1 de junho. O que temos feito agora é tentar ter uma reunião com quem tomou posse para podermos construir o parque que é o que nos importa”.
O presidente da Câmara de Elvas acredita que o Instituto Património Cultural irá rever o parecer e que haverá elvenses que andam a tentar “minar” os projetos que Rondão Almeida considera estruturantes e que não querem que tenham êxito. “Onde estava o Instituto Património Cultural quando se destruíram casas para passar autocarros (para a zona do Mercado da Casa das Barcas e Castelo)?”, questiona-se o autarca, que garante que “serão esses argumentos que teremos que apresentar para evitar que haja alguns elvenses a colocar grãos de areia no Poder Central, para inviabilizar projetos que queremos levar por diante. Infelizmente, Elvas tem meia dúzia de pessoas que tudo fazem para que projetos estruturantes para o nossos concelho não tenham êxito”.
A obra de construção do parque subterrâneo, ao fundo da Rua de Alcamim, teve parecer negativo do Património Cultural, IP, mas Rondão Almeida considera a obra importante e vai pedir revisão do parecer.