A Associação Chão dos Meninos de Évora tem intervenção em várias áreas, nomeadamente na prevenção de situações de maus tratos a crianças e jovens e agora conta com uma nova valência: o acolhimento familiar.
Catarina Cruz, diretora técnica da associação, adianta que esta nova resposta de acolhimento tem como objetivo “promover os direitos das crianças e jovens do nosso país e, em particular, no distrito de Évora, bem como apoiar as famílias das crianças e dos jovens”:
Com esta ambição, revela, “nasce uma nova resposta de acolhimento familiar para trazer uma nova resposta de acolhimento diferente daquela que é o acolhimento residencial para as crianças e jovens principalmente ao nível do distrito de Évora”.
A técnica refere ainda que “o acolhimento familiar é uma medida de promoção e proteção que permite, contrariamente ao acolhimento residencial, a integração temporária da criança ou do jovem em meio familiar estável, com o objetivo de uma família garantir o afeto o bem-estar e o seu pleno desenvolvimento garantindo todos os acesso aos seus direitos diariamente”.
“A legislação tem uma lista de critérios que são obrigatórios de cumprir, mas de forma geral podem ser famílias de acolhimento todas as famílias ou pessoas singulares com ou sem filhos, que tenham pelo menos 25 anos e que tenham desejo de cuidar, apoiar e contribuir positivamente na vida de uma criança ou de um jovem, proporcionando assim o acolhimento e a integração no seu meio familiar como se fosse mais um membro daquela família. As crianças e os jovens que podem ser acolhidos podem ter entre os 0 e os 18 anos, com a possibilidade de prorrogar a medida até aos 25 anos em casos concretos de jovens que continuam a desenvolver o seu percurso académico e formativo”, sublinhou.
“Esta valência surge no âmbito de um acordo assinado com o Instituto de Segurança Social, também para possibilitar em instituições que estão dentro da comunidade e que têm já um contacto privilegiado com as comunidades, potenciar aqui e captar mais famílias de acolhimento para esta missão que é de todos nós enquanto comunidade. A promoção e a proteção das crianças e jovens do nosso país cabe-nos a todos enquanto cidadãos, é aqui uma forma de privilegiar estes contactos mais diretos com a comunidade para conseguir que esta resposta não só seja comunitária mas também dentro daquilo que é o seio comunitário”.
Catarina Cruz termina a dizer que “neste momento um dos principais desafios que nós temos é a campanha e captação para potenciar famílias de acolhimento que tenham disponibilidade e este desejo de contribuir positivamente na vida de uma criança ou de um jovem”.