Começam amanhã, 26 de julho, os “Dias nas Dioceses”, um pouco por todo o país, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A Elvas vão chegar mais de 300 jovens, oriundos do México, Togo, Espanha e França, e que vão ficar, todos eles, alojados no Centro de Negócios Transfronteiriço (CNT) da cidade.
Para tornar tudo isto possível, o Comité Organizador Paroquial de Santa Luzia tem vindo, há praticamente um ano, a reunir todos os meses, para preparar esta semana que antecede o tão esperado encontro da juventude com o Papa, em Lisboa, segundo explica a responsável de comunicação dos “Dias nas Dioceses”, em Elvas, Maria Churra.
“Foi formado, desde início, um grupo de pessoas, a quem foram delegadas funções, e começámos a preparar todo este evento, que tem uma grande logística por trás, a contactar empresas, a tentar ter patrocinadores”, explica Maria Churra que, inicialmente, era responsável pelas famílias de acolhimento. Contudo, essas famílias de acolhimento, por “uma questão de logística” e por falta de inscrições, ao contrário do que acontece em outras localidades não vão ser uma realidade em Elvas, por esta ocasião.
Com quase 140 voluntários inscritos, para colaborar nestes Dias nas Dioceses, em Elvas, para além dos cerca de 20 responsáveis pela organização da iniciativa, explica uma dessas responsáveis, Graça Mocinha, o objetivo, acima de tudo, é acolher estes peregrinos “da melhor maneira possível”, dando-lhes a conhecer a cidade e proporcionando-lhes momentos de oração, mas também de lazer. “Tudo estamos a fazer para que nada falte a estes 300 peregrinos que vão ficar em Elvas”, garante.
E para que tudo possa correr da “melhor maneira possível”, o responsável da área da saúde e segurança destes “Dias nas Dioceses”, o chefe do Agrupamento nº 158 de Elvas, do Corpo Nacional de Escutas, João Favita, garante estar tudo a postos para qualquer situação que possa surgir. “Temos duas equipas de saúde e outra de segurança, para tentar que as coisas corram minimamente bem, para fazer uma triagem em certas situações, para perceber se são realmente graves ou não e para as encaminhar para as autoridades competentes”, adianta.
Mas a verdade é que, desde os mais velhos aos mais novos, todos ajudam. Cristina Pinto é uma das muitas voluntárias que abdica do seu tempo, à noite, depois do trabalho, para ajudar “naquilo que for preciso”. Enquanto arruma os alimentos que chegaram ao CNT, doados pela população, como “leites, sumos e bolachas”, revela estar disponível para também para ouvir os desabafos dos jovens peregrinos. Não tendo dúvidas que “mais uma mãozinha ajuda sempre”, esta voluntária, ao contrário da “confusão” que irá ser vivida em Lisboa, tem a certeza que em Elvas “todos se vão dar bem”.
Já Maria Manuela Pina, natural de Lisboa, mas a residir e a trabalhar em Elvas, explica o que a levou a candidatar-se para ser voluntária nestes “Dias nas Dioceses”: “acho que a JMJ é um evento muito importante e, como portuguesa católica, pretendo dar o melhor da imagem do nosso país aos jovens”.
Sem disponibilidade para ajudar na sua cidade, Maria Manuela revela-se feliz por poder, em Elvas, dar o seu contributo. Diz-se ainda satisfeita por perceber que a população, com a sua “generosidade”, respondeu de forma positiva ao pedido de doação de alimentos para permitir a estadia destes jovens peregrinos na cidade Património da Humanidade.