Depois de ter pasado por Campo Maior, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitou ontem, 14 de dezembro, o concelho de Monforte que, segundo o presidente da Câmara, Gonçalo Lagem, ficou “muito impressionada” com a força das águas que fez colapsar quatro estradas.
O município vai agora ter de intervir “o mais urgente possível” nestas quatro estradas, três delas municipais e uma nacional. “Os percursos alternativos fazem com que, quem usa aquelas estradas diariamente, façam mais de 140 quilómetros por dia”, revela Gonçalo Lagem, lembrando os elevados preços dos combustíveis. Por isso mesmo, o autarca considera que também essas pessoas deviam ser ajudadas e “postas na equação”.
Com prejuízos “incalculáveis” em todo o concelho, Gonçalo Lagem adianta que Vaiamonte foi a freguesia mais afetada pelo mau tempo, com, entre dez a 12 casas inundadas. “Muitas delas com prejuízos significativos, com bens, mobiliário e eletrodomésticos danificados”, acrescenta.
Outro grande prejuízo, e muito abrangente, diz ainda o presidente, diz respeito à agricultura, transversal a todo o concelho. “Houve culturas destruídas, estações de bombagem completamente perdidas, que foram nas cheias, vacas e ovelhas a flutuar na ribeira, cercas completamente arrastadas, culturas perdidas”, enumera os estragos.
Gonçalo Lagem garante ainda que, num curto prazo, o município tenciona iniciar as obras nas estradas, adiantando que a situação das pessoas que se encontravam isoladas já começa a ser “regularizada”.
Os prejuízos no concelho de Monforte, provocados pelo mau tempo, rondam entre os seis a oito milhões de euros, sem incluir a agricultura.