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Barragem do Caia com 36% da sua capacidade, metade do valor de 2021

Segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, no final do mês de julho, 45% do país, encontrava-se em situação de seca extrema, principalmente na região Alentejo, e no interior Norte e Centro, devido às altas temperaturas e à fraca precipitação, neste ano.

A Barragem do Caia, que é a terceira maior a sul do rio Tejo, atrás do Alqueva e Maranhão, tem neste momento metade da capacidade que tinha em 2021, por esta altura, revela Luís Rodrigues, gerente da Associação de Beneficiários do Caia. “Neste momento, a situação hidrológica da Barragem do Caia são 68 milhões de m3, que corresponde a 36% da sua capacidade, mas em 2021, nesta data, o volume que se encontrava na Barragem era o dobro 120 milhões para 63%, sendo uma diferença enorme”.

No início da campanha de rega, em 2021, que começou no final em março, a Barragem do Caia tinha disponíveis 152 milhões m2, no final de novembro, do mesmo ano, tinha 109 milhões, já este ano a campanha começou com 107 milhões m3, ou seja houve uma perda de dois milhões em relação ao final da campanha do ano passado e início da campanha deste ano”, acrescenta.

Segundo afirma Luís Rodrigues “estes valores são assustadores, o que demonstra, cada vez mais, o efeito das alterações climáticas”, apesar de “a campanha de rega deste verão estar a decorrer com normalidade, devido aos valores que a Barragem tinha acumulado no início da campanha”.

A maioria das culturas, no perímetro de rega do Caia, estão praticamente terminadas, embora a campanha de rega só termine em outubro.

Luís Rodrigues espera que este “outono e inverno sejam favoráveis”, no que à chuva diz respeito, para que no próximo ano “a campanha de rega agrícola seja assegurada com tranquilidade, porque, neste momento se não cover, não conseguimos fazer uma campanha normal”!.

Já o abastecimento de água para o consumo residencial está garantido para os próximos três anos. “Somos obrigados a deixar cativos 10 milhões de m3, que é o suficiente para abastecer a população para três anos com água de qualidade e em quantidade”, remata Luís Rodrigues.

A Barragem do Caia encontrava-se ao dia de ontem, terça-feira, com 68 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 36% da sua capacidade em relação à cota de descarga, um valor bastante inferior ao de agosto do ano passado, quando a barragem tinha 63% da sua capacidade.

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