
O PS propôs, na passada sexta-feira, 7 de novembro, no Parlamento, a isenção do pagamento de portagens, para residentes e empresas com sede no Alentejo, na A6 e nos troços da A2 que servem a região.
Agora, em comunicado enviado às redações, o grupo parlamentar do PS revela que estima que esta sua proposta, com vista a uma “justiça territorial, terá um custo de 20,5 milhões de euros anuais.
O PS “fez os cálculos e estima uma média diária de sete mil veículos na A6 e 17.500 na A2 (13.500 excluindo o período entre junho e setembro), correspondendo a receitas anuais de 45 milhões de euros e 115 milhões de euros nos troços abrangidos”.
Baseando-se num estudo de procura para a linha ferroviária Lisboa/Sines – Caia, onde está caracterizada a procura por transporte rodoviário, “os socialistas consideram que apenas cerca de 20% das viagens têm origem ou destino na área de influência direta do eixo que inclui a A6, mas que também inclui o troço da A2 entre Lisboa e Marateca”.
No caso da A2, “assume-se que uma porção importante do tráfego é de atravessamento em direção ao Algarve, com acentuada sazonalidade, e efetuado por não residentes na área de influência definida. Ou seja, 20% do tráfego da A6 e 10% do tráfego do troço relevante da A2 é efetuado por residentes na área de influência”.
De acordo com o deputado Frederico Francisco, uma vez que o Governo terá cem dias para implementar a proposta, “esta aplicar-se-ia apenas a partir de abril e o impacto orçamental real em 2026 seria de cerca de 15 milhões de euros”.
Apesar da oposição dos partidos que apoiam o Governo da AD, “a generalidade dos outros partidos é favorável à eliminação de portagens, e até são favoráveis indo muito mais longe do que o PS alguma vez iria. Achamos que há boas probabilidades desta medida vir a ser aprovada”, admitiu.
Frederico Francisco deu mais detalhes sobre a medida e esclareceu que os beneficiários terão obrigatoriamente de possuir um dispositivo Via Verde no veículo.
Por fim, o deputado defendeu que esta proposta assenta numa lógica de “justiça territorial”, recordando que, no ano passado, foram abolidas portagens em várias zonas de baixa densidade populacional, deixando de fora o Alentejo.















