
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas e a Câmara Municipal, através dos seus presidentes, assinaram, ao final da manhã da passada segunda-feira, 5 de maio, um protocolo de colaboração, com vista à realização de obras no quartel dos soldados da paz.
Em causa está um apoio de mais de 49 mil euros para a instalação da sala de operações e telecomunicações dos bombeiros, bem como para o seu equipamento, em termos informáticos e de mobiliário.
Por se tratar de “uma pretensão antiga”, dado que a atual central está situada no primeiro andar do quartel, Amadeu Martins, presidente da direção dos Bombeiros de Elvas, garante este protocolo é “uma mais-valia” para a corporação, assim como para a população. “A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas está num edifício com mais de 30 anos, em que a sua central telefónica foi criada para uma realidade que é totalmente diferente daquela que vivemos hoje. Ainda há dias tivemos um apagão, o que dificultou o socorro, durante um certo período de tempo”, recorda.
Assegurando que o principal foco dos bombeiros é “prestar o socorro o mais rápido possível”, Amadeu Martins diz ser necessário, para isso, “ter bons aparelhos, boas instalações e bons elementos, com formação adequada para operar todos os aparelhos que façam falta”. A atual central telefónica, diz ainda o presidente da associação, encontra-se já “muito obsoleta”. “Eu às vezes digo que, qualquer dia, temos de chamar os bombeiros para apagar o incêndio na central telefónica e já tinha falado, aqui há uns tempos, e ele aceitou o repto de ajudar a associação a montar esta central”, remata.
Já o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, que felicita dirigentes e corpo operacional pelo “excelente trabalho” que têm vindo a desenvolver, diz que tudo “aquilo que o município possa fazer pelos bombeiros é pouco”, até porque, para si, esta é a associação “mais importante do concelho”.
A par do investimento feito nesta obra, adianta Rondão Almeida, a Câmara Municipal de Elvas, só este ano, apoia os bombeiros com um valor “entre os 130 e os 140 mil euros”: “estamos a pagar 50 por cento de uma equipa de Intervenção Permanente, que são mais cinco bombeiros; e por outro lado, contam também com o apoio financeiro normal”. O edil recorda ainda que, no ano passado, a autarquia fez um “pequeno esforço” para possibilitar uma “sala muito digna” aos bombeiros.
Quanto à realização da obra da nova sala de operações e telecomunicações, o autarca explica que a Câmara Municipal não é a responsável pela intervenção, porque se assim fosse, e tendo em conta toda a burocracia, só daqui a um ano, na melhor das hipóteses, estaria pronta. A quase totalidade da obra é assegurada pelo município, com a associação a assumir o IVA.
Prevê-se que a obra, a iniciar-se de imediato e com um tempo de execução de entre 30 a 45 dias, possa estar concluída entre julho e agosto. O protocolo foi assinado, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em dia do 96º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Elvas, data a ser celebrada no próximo domingo, 11 de maio.