Libertação de isco-vivo no final da pesca pode ser responsável pela introdução de peixes invasores

Um grupo de pesquisadores das universidades de Évora, Lisboa e Leida (Espanha), liderado por Filipe Banha do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, conduziu recentemente um estudo sobre o papel dos pescadores na introdução de peixes invasores.

Os resultados revelaram que, apesar de 5% dos pescadores usarem peixes como isco-vivo, a prática ilegal de liberar isco-vivo após a pesca pode inadvertidamente introduzir mais de 270.000 peixes invasores anualmente. O estudo também estimou que os pescadores desportivos introduzem intencionalmente cerca de 140.000 peixes invasores nas águas doces da Península Ibérica a cada ano, violando as leis existentes.

Estas descobertas visam aprimorar a gestão da pesca de água doce em Portugal e Espanha, especialmente na elaboração de planos de ação para prevenir a propagação de espécies invasoras.