“Diversos olhares sobre o envelhecimento – a dignidade não tem limite de idade” é o mote para a exposição que foi inaugurada esta segunda-feira, 21 de março, no Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas.
A exposição surge no âmbito do projeto contratos locais de desenvolvimento Social (CLDS4G), desenvolvido pelo Centro Humanitário de Elvas da Cruz Vermelha Portuguesa, em parceria com o município de Elvas e a Segurança Social.
Para Isabel Mascarenhas, diretora da instituição esta exposição vem, de certa forma, enaltecer a importância do envelhecimento e da preservação das tradições, realçando esta fase da vida das pessoas. “A exposição serve para pontuar, de uma forma singela, o olhar sobre o envelhecimento, e a importância de preservar tradições e dar significado real a esta fase da vida, porque enquanto instituição estamos focados na temática do envelhecimento e a importância deste público na sociedade atual e, aquilo que somos deriva do papel fundamental que estas pessoas tiveram no passado”, revela.
A diretora do Centro Humanitário de Elvas da Cruz Vermelha portuguesa enaltece ainda o facto de, nesta exposição, estarem retratadas algumas das atividades que são desenvolvidas diariamente, e que são “feitas de forma calada, que tocam as vida de todos aqueles que delas beneficiam, bem como a intergeracionalidade, despertando nos jovens a importância do envelhecimento”.
Isabel Mascarenhas destaca os projetos que a instituição tem nesse sentido, nomeadamente, em parceria com a PSP, com a entrega de cabazes a pessoas carenciadas, o restabelecimento de laços com familiares que estão longe, através das tecnologias, e também nas escolas, com troca de correspondência e de saberes entre os mais velhos e mais novos.
A exposição conta com algumas dezenas de fotografias, sendo que algumas delas foram cedidas por quatro elvenses: Rui Cambóias, Roberto Dores, João Carvalho e Rui Santos que deram a sua perspetiva, através das suas fotografias, e também conta com algumas imagens alusivas a um projeto da instituição que teve como objetivo retratar o envelhecimento “da forma mais bonita, mais natural, tirando proveito de uma fase em que valoriza a ruga como algo natural, porque a beleza está nos olhos de quem a vê”, remata Isabel Mascarenhas.
Rui Cambóias, foi um de quatro elvenses que cederam algumas das suas fotografias, para esta exposição. Aos nossos microfones revela o seu olhar sobre esta temática “é um olhar que tem a ver com a minha profissão e com o gosto que tenho por esta etapa da vida das pessoas e, como gosto de tirar fotografias tenho sempre um olhar para com essa gente, com fotografias não só em Portugal, mas que retratam a vida desta gente quem é gente como nós ou mais ainda”.
Já a vice presidente da Câmara de Elvas, Anabela Cartas considera a exposição “maravilhosa, porque mostra o outro lado do envelhecimento e, estas pessoas, apesar de já terem uma certa idade podem ter uma vida digna e com qualidade, dentro de todas as maleitas que a idade traz e, apesar de se ter uma certa idade consegue-se sorrir e ter uma vida alegre e bem disposta”, o que considera ser “essencial para ter uma vida com qualidade”.
Exposição “Diversos olhares sobre o envelhecimento – a dignidade não tem limite de idade” até patente durante esta semana, no Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas.