A dor aguda é um sintoma que pode sinalizar o organismo para uma lesão ou doença. Contudo, quando esta se prolonga, durante meses ou anos e persiste para além do problema que lhe deu origem, torna-se uma dor crónica.
Segundo um estudo epidemiológico realizado em Portugal, 36,7% da população, isto é, mais de três milhões de portugueses, sofrem de dor crónica.
A verdade é que a doença crónica é uma doença invisível, pelo que o médico Pintão Antunes diz, na edição desta semana do programa “De Boa Saúde”, ser até “difícil de definir”. As causas de dor crónica são variadas e incluem, entre outras, patologias oncológicas, doenças musculoesqueléticas, persistência de dor após uma cirurgia e lesões de nervos.
A dor crónica está associada a um elevado impacto na qualidade de vida do doente e dos que o rodeiam. Tem consequências emocionais negativas, podendo interferir com a autoestima, qualidade do sono, vida familiar e capacidade de trabalho. Pode inclusive conduzir a outras doenças, como a ansiedade e a depressão.