Cancro da próstata no “De Boa Saúde” desta semana

O cancro da próstata é o mais frequente nos homens, em Portugal, sendo que o seu diagnóstico precoce pode ser decisivo para ultrapassar a doença.

Só no país, os dados apontam para existam mais de seis mil novos casos por ano, tratando-se do tumor com maior prevalência no sexo masculino, inclusivamente acima do cancro do cólon e reto e do pulmão. Segundo Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, este, como qualquer outro, é um cancro curável, se detetado a tempo.

Há dois exames essenciais ao diagnóstico: toque rectal (palpação da próstata para detetar a existência de nódulos ou áreas irregulares, com consistência dura); e análise do PSA (antígeno específico da próstata). Depois, podem ser necessários métodos de diagnóstico complementares, como Ecografia da Próstata Transrectal, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) ou Tomografia Computorizada (TAC). A confirmação do diagnóstico depende sempre dos resultados da biópsia prostática.

Este tipo de cancro tem a particularidade de evoluir de forma silenciosa. Os doentes, em muitos casos, não apresentam qualquer sintoma durante a progressão do tumor, sendo que as queixas já só surgem em estados avançados da doença.

O cancro, explica ainda Pintão Antunes, surge devido a uma anomalia nas células glandulares. Em situações normais, as células crescem e dividem-se para formar novas células. Umas morrem e são substituídas por novas. É assim o ciclo de vida celular considerado normal. No cancro, este mecanismo sofre alterações.

Em determinada altura, e por razões desconhecidas, as células tornam-se mais agressivas devido a alterações ou mutações no seu ADN. Começam a multiplicar-se de forma descontrolada e a um ritmo mais elevado do que as restantes células da próstata. Por outro lado, as células velhas e doentes não morrem, acumulando-se no órgão e dando, assim, origem ao tumor.