Papel da família no tratamento de dependências no “Elvas + Solidária”

A dependência do álcool e das drogas é um problema que atinge pessoas de diferentes classes sociais e idades, sendo que, em qualquer dos casos, a atuação da família, para que o doente possa superar esse momento de turbulência, é de grande importância.

O facto dos pais, desde logo, terem dificuldade em dizer “não” aos filhos e a falta de regras, aponta a coordenadora do Centro de Respostas Integradas do Norte Alentejano, Lina Alexandre, na edição desta semana do programa “Elvas + Solidária”, pode levar os jovens a procurar os consumos.

A recuperação de um dependente implica o envolvimento de todos aqueles que se encontram à sua volta. “Tratar uma pessoa que tem um problema de dependência, sozinho, só por si, não resulta, da mesma maneira que não resulta tirar uma pessoa de casa que tem uma pneumonia grave, colocá-la num hospital para ser tratada, e depois voltar a metê-la na mesma casa, húmida e cheia de ratos”, explica Lina Alexandre.

Lina Alexandre explica que os pais falham, muitas vezes, acabando até por “premiar o mau comportamento” dos filhos, sendo importante que, no seio familiar, as regras estejam bem definidas, em que a última palavra, embora possa haver negociação com os mais novos, tem de ser sempre dos pais.

A coordenadora do Centro de Respostas Integradas do Norte Alentejano revela ainda que existem várias estruturas e recursos, a que os pais se podem socorrer, quando se deparam com uma situação de dependência nos filhos, como a consulta descentralizada de jovens, no IPDJ, em Portalegre, assegurando que “uma comunicação e uma parentalidade positivas são muito importantes” neste processo.