A Candidatura a Património Mundial das Fortalezas Abaluartadas da Raia foi apresentada hoje, segunda-feira dia 20, no Forte da Graça, em Elvas, pelos presidentes de câmara dos quatro municípios que fazem parte deste projeto: Elvas, Marvão, Almeida e Valença.

A candidatura está na Lista Indicativa de Portugal do Património Mundial da Comissão Nacional da UNESCO.

“Esta candidatura é importante porque vem completar aquilo que é um dos desígnios em que Elvas sempre defendeu. Nós através desta rede queremos ganhar escala, porque para valorizarmos o Património é preciso termos também a alavanca do turismo, e para convencermos os operadores a trazerem turistas até à nossa região, e se trabalharmos em rede podemos ter mais pessoas a visitar aquilo que é o nosso Património. Esta é a primeira candidatura em série e não é indiferente termos o selo da UNESCO nas nossas fortificações, dado que Elvas depois de ser considerada património Mundial, teve um aumento de 600% de visitas”, segundo Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas.

António Baptista Ribeiro, presidente da Câmara Municipal de Almeida, garante que este reconhecimento é justo: “estamos perante um dos melhores exemplares e melhor conservados que temos na Europa e no Mundo. A nossa candidatura assenta nas bases de sermos belíssimos exemplares únicos e aquilo que outrora foram fortalezas para defesa, hoje pretendemos que sejam bens a humanidade, numa Europa que cada vez queremos mais coesa”.

Victor Frutuoso, presidente da Câmara Municipal de Marvão, fala acerca do caso deApresentacaoFortalezasAbaluartadas20Junho2016B Marvão, que antes já havia tentado ser Património Mundial: “no caso de Marvão, que já tivemos uma tentativa de aceder a Património Mundial, às vezes colocam-se algumas questões, mas ainda quero continuar esse caminho, é um caminho bom e positivo para Marvão. Temos uma obrigação de mostrar tudo o que recebemos do passado e transmiti-lo para o futuro e ainda de valorizar os sítios, que é o que nos propomos a fazer”.

Valença faz parte da raia molhada, disse Jorge Salgueiro Mendes, presidente da Câmara Municipal de Valença: “estamos aqui perante quatro Fortalezas Abaluartadas, três da chamada raia seca e a de Valença é da raia molhada, digamos que a cabeça da linha de defesa do Minho, mas que fruto do trabalho que temos vindo a desenvolver nos últimos anos, sobretudo pelo simples facto de querermos ser Património da Humanidade, tem permitido uma afluência de visitantes e turistas cada vez mais significativa, para no último ano atingirmos os 2 milhões de visitantes, só dentro das fortalezas. Estamos neste trabalho comum na defesa das nossas fortalezas, da sua preservação e da sua autenticidade”.

Esta é a primeira vez que Portugal apresenta uma candidatura em série. Os quatro municípios são os fundadores duma Associação – a Associação das Fortalezas Abaluartadas da Raia (AFAR), cujo objetivo é preservar e restaurar as fortalezas abaluartadas.