Cerca de uma dezena de homens cantaram aos reis ontem pelas ruas de São Vicente e Ventosa cumprindo a tradição de cantar aos Santos Reis.
O grupo cantou no Lar de São Vicente e Ventosa antes de percorrer as ruas da freguesia sempre acompanhados por uma pinguinha de aguardente para afinar a garganta.
Apesar de já ter entoado as janeiras no fim de semana com o Grupo Xumbo Torto, a freguesia de Vila Boim quis também ontem manter a tradição em volta de um lume que, segundo António Rocha, da União de Freguesias de Terrugem e Vila Boim, está acesso desde dia 22 de dezembro.
O cantar aos reis foi entoado por um grupo de mais de 20 homens de Barbacena.
Todos com boina e capote, o mesmo grupo, entoou mais tarde na sua freguesia, pelas 22 horas, a tradicional canção do cantar aos Santos Rezes.
João Baleizão elemento do grupo, explica que o fazem para manter esta tradição que nós nem sabemos quando ela começou mas é para manter.
Vítor Valentim também faz parte do grupo e desloca-se desde Sines, onde habita atualmente, para cumprir esta tradição
Todos os anos me desloco nesta altura para honrar os nossos antepassados e manter esta tão nobre tradição que é o cantar dos reis.
O Cantar ao Reis é uma tradição profana em torno de uma data religiosa como nos explica o padre Moisés que também faz parte do grupo.
Estamos no mundo da globalização, e o que é que distingue cada povo? É a sua cultura própria, a sua maneira de se exprimir, a cultura, a fé, (…) os Reis Magos representam todos os povos, o universalismo da salvação, que o amor de Deus não tem fronteiras, não tem nacionalidades, e é preciso cuidado com os nacionalismos exagerados que é sinal de primitivismo e tribalismo, diz o sacerdote.