O IVA vai aumentar de 23% para 23,25% e a Taxa Social Única (TSU) sobe 0,2% para os 11,2% em 2015.

Ao mesmo tempo, o Governo promete repor os cortes salariais na Função Pública nos próximos cinco anos e aliviar a CES (Contribuição Extraordinária de Solidariedade), segundo consta do DEO (Documento de Estratégia Orçamental).

O primeiro-ministro, Passos Coelho, justifica que esta foi a forma encontrada para tornar o esforço igual e geral a todos os portugueses.

“0,25 % do IVA e 0,2% da TSU custaram menos a suportar pela generalidade dos portugueses do que o mesmo valor só entre os pensionistas”, argumentou.

Reações: “Notícia muito grave”

A nossa reportagem saiu à rua para saber qual a reação a esta notícia por parte dos cidadãos.

Joaquim Conceição considera a notícia “muito grave para todos os setores de atividade, como comércio, indústria e agricultura. Os portugueses vão ter ainda menos poder de compra”.

Francisco, por sua vez, classifica o anúncio do aumento como “uma roubalheira. O IVA já é tão elevado em relação a outros países. Ficamos preocupados, claro que sim, e cada vez mais”.

Carlos Nunes diz sentir-se “indignado”, tanto mais que havia sido prometido pelo executivo de Passos que o IVA não iria aumentar.

No DEO, o Governo prevê que seja aplicada uma Tabela Remuneratória Única a partir de 1 de janeiro de 2015, passando todos os trabalhadores da administração pública a ter os salários calculados a partir desta grelha.

O objetivo governamental pretende que os vencimentos dos trabalhadores do Estado comecem a ser repostos em 2015, sendo alegadamente devolvidos 20% dos cortes já no próximo ano. Sendo feita a reposição progressiva ao longo dos próximos cinco anos, mas serão tidos em conta fatores como a evolução da massa salarial, a redução de efetivos e ganhos de eficiência nessa reposição.