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PASSOS COELHO NÃO ACEITA DEMISSÃO DE PORTAS

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O primeiro-ministro, falou esta terça-feira ao país, depois do pedido de demissão apresentado por Paulo Portas, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. O primeiro-ministro afirmou que pretende esclarecer com Portas o que sucedeu, motivo pelo qual não apresentou a Cavaco o pedido de demissão.

“Seria precipitado aceitar esse pedido”, sublinhou Passos Coelho. “Numa democracia madura, um Governo de coligação não pode ser posto em causa a não ser por divergências de enorme gravidade.”

O chefe de Governo pede “cabeça fria e sentido de Estado”, “porque as dificuldades ainda não terminaram”, e apela à serenidade. “Da minha parte, os portugueses poderão contar sempre com essa serenidade. Comigo, o país não escolherá um colapso político, económico e social. O país está primeiro.”

Nesse sentido, Passos Coelho refere que não sai do Governo. “Não me demito. Não vou abandonar o meu país”, disse. “Os portugueses podem contar comigo”, continuou. “O que está em causa não são os anseios e incertezas dos políticos”, mas “o futuro dos portugueses”, concluiu.

O Executivo liderado por Passos Coelho enfrenta uma crise após os pedidos de demissão apresentados por Paulo Portas e Vítor Gaspar.

Esta foi a terceira saída de um ministro do XIX Governo Constitucional, depois da demissão de Miguel Relvas do cargo de ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em abril deste ano, e de Vítor Gaspar, do cargo de ministro das Finanças, na terça-feira, dia 2.

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