Marvão de regresso às origens com a 16ª edição do Festival Al Mossassa (c/fotos e vídeo)

Marvão regressou às suas origens, ou seja, ao século IX, com mais uma edição do Festival Al Mossassa, que foi inaugurado ao final da tarde desta sexta-feira, 29 de setembro, nesta vila alentejana.

Para o presidente da Câmara de Marvão, Luís Vitorino, esta iniciativa, que decorreu na passada semana em Badajoz, “é uma recriação histórica que mostra a resiliência do território, desde a sua fundação, e de que o município investe na cultura do concelho, porque Marvão tem futuro”.

Este assume-se como um evento que contribui bastante para a economia local, uma vez que segundo adianta Luís Vitorino, “a hotelaria e restauração locais estão lotadas, por estes dias, o que é bom sinal, significa que este território tem alguma singularidade”.

O Al Mossassa já se afirmou não só a nível regional e transfronteiriço, mas também nacional, porque segundo diz Luís Vitorino, “é uma feira diferente, porque não é puramente medieval, mas também judaica, islâmica, através do alto de Marvão que é um cenário idílico”, considerando que “estão reunidas as condições para que esta edição seja um sucesso”.

Já para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, são certames como este que contribuem para o aumento do turismo na região. “Estamos numa época com muitos turistas, mas é preciso criar fatores de animação, para trazer mais pessoas e que possam usufruir daquilo que é o nosso produto turístico”, explica.

José Manuel Santos acrescenta que Marvão “é um local icónico e tem de ter, permanentemente, um programa de animação turístico e cultural, o que não é fácil, porque implica recursos e custa dinheiro, por isso o nosso papel é procurar ajudar os municípios, não só na organização, mas também na promoção desses eventos”.

Carolina Deslandes encerrou tour de verão no São Mateus

Já passava da meia-noite quando Carolina Deslandes subiu ao palco principal da Expo São Mateus, em Elvas, para o último concerto da sua tour de verão.

Num espetáculo que durou mais de hora e meia, e em que os temas do seu mais recente álbum, “Caos”, estiveram em grande destaque, Carolina Deslandes não deixou de brindar o público com alguns dos seus maiores sucessos, cantados a uma só voz, como “A Vida Toda” e “Mountains”.

“Avião de papel”, “Adeus Amor Adeus” e “Não Me Importo” foram alguns dos outros êxitos que a artista não deixou de fora do alinhamento deste espetáculo.

Ao longo de todo o concerto, a cantora e compositora foi sempre mantendo uma interação com o público, que não deixou de pedir “só mais uma” (música), mesmo depois de Carolina Deslandes já se ter despedido.

“Apetece”, do EP “Mulher”, captado pela Rádio ELVAS, foi um dos primeiros temas a serem interpretados pela artista no concerto de ontem à noite.

Estátua de Joaquim Bastinhas instalada junto ao Coliseu de Elvas

A estátua de Joaquim Bastinhas foi instalada, na tarde desta quarta-feira, 27 de setembro, junto ao Coliseu de Elvas.

A cerimónia de inauguração está marcada para esta sexta-feira, dia 29, pelas 19 horas, antes da segunda corrida da Feira Taurina de São Mateus, em homenagem a Joaquim Bastinhas, com início às 22 horas.

Concebida pelo escultor sevilhano Jose Arteaga, a escultura de enorme realismo, resulta de um investimento de 177 mil euros por parte do Município de Elvas.

Três anos depois, Catarina Pereira está de regresso ao The Voice

Três anos depois, Catarina Pereira está de regresso ao The Voice: programa de talentos, da RTP, que vai para o ar aos domingos à noite.

Na segunda ronda de Provas Cegas, transmitida no passado domingo, 24 de setembro, a jovem campomaiorense, que conquistou três dos quatro jurados, ao interpretar “Maybe This Time”, de Liza Minnelli, escolheu como sua mentora Sónia Tavares. Na luta por Catarina, com a vocalista dos The Gift, estiveram António Zambujo e Sara Correira, sendo que apenas Fernando Daniel não virou a sua cadeira.

O desejo de voltar ao programa, depois da sua participação em 2020, ao lado de Diogo Piçarra, confessa Catarina, já não era de agora: “já queria há muito tempo voltar, mas precisava de evoluir e trabalhar”. “Da primeira vez, acho que não aproveitei ao máximo a experiência e acho que agora vai ser mais produtivo”, acrescenta, lembrando que a idade, sendo já outra, também faz diferença.

Se em 2020, se apresentou ao público sem ter tido, até então, qualquer aula de canto, a partir daí, Catarina apostou na sua formação. Na Academia de Música de Elvas, a jovem teve aulas de canto lírico. Em Espanha, tem tido aulas de música e composição.

Desta vez, e não encarando a participação no programa como “uma brincadeira”, Catarina diz ter expectativas “elevadas” para a sua segunda passagem pelo The Voice. “Acho que a minha qualidade aumentou imenso. Agora já vou como profissional, com aulas, com um histórico completamente diferente”, assegura.

Durante a sua apresentação no programa, Catarina partilhou a fase conturbada pela qual passou, em termos de saúde mental. Posto isso, assegura que têm sido muitos aqueles que, mesmo sem a conhecerem, lhe têm agradecido por falar sobre o assunto em televisão. Por outro lado, a jovem cantora garante que o feedback da família é sempre o mais importante.

Catarina volta a pisar o palco do The Voice, já na fase das Batalhas, em direto, no final de outubro.

Veja ou reveja as duas Provas Cegas de Catarina Pereira no The Voice.

Prova Cega de 2023:

Prova Cega de 2020:

Famílias voltam a cumprir tradição de acampar na Piedade no São Mateus

São Mateus é, para muitas famílias de Elvas, sinónimo de acampamento no parque de campismo da Piedade, com muitas pessoas a tirarem férias, de propósito, para poderem aproveitar ao máximo estes dias, em plena feira, no decorrer das festas em honra do Senhor Jesus da Piedade.

Desde o tempo dos seus avós que Céu Rondão se lembra de cumprir esta tradição que, ao longo do tempo, tem procurado passar também aos seus filhos. Por esta ocasião, na Piedade, diz ainda, todos os dias são de festa. “Já estamos aqui desde o tempo dos meus avós. Há 60 anos que temos estes dois espaços”, revela. “Os meus filhos são apaixonados por isto e trazem aqui os amigos. É um convívio, é a amizade”, diz ainda.

Para Miguel, filho de Céu, esta romaria traduz-se sempre em momentos de reencontro de familiares e amigos. “Acho que esta é uma das tendas mais conhecidas e toda a gente que aqui passa vem aqui beber um copo e comer alguma coisa”, assegura. Em noites de fim de semana, Miguel chega a juntar, na tenda da família, cerca de 40 pessoas.

E aqui, nem o famoso bacalhau dourado do chef Vicente Grenho falha. “Eles não se calam e querem bacalhau dourado e vou ali fazê-lo ali em cima do carvão, mesmo à moda do campismo. Amanhã, vou aí a cima fazer a outros amigos”, conta. No vídeo abaixo, Vicente Grenho explica como faz o seu bacalhau dourado.

Jorge Grenho, também com a família e amigos, tem estado pelo Parque da Piedade. O maestro da banda 14 de Janeiro revela que a filarmónica, neste São Mateus, ainda entra em cena na corrida de touros de sexta-feira. “Já fizemos cinco arruadas, fizemos a Procissão dos Pendões, fizemos a tourada do último sábado, vamos fazer no sábado a tourada, novamente, e, no domingo, fazemos o regresso dos pendões”, conta à reportagem da Rádio ELVAS.

Outra das famílias que nunca falta no parque de campismo, por esta ocasião, é a de José Alfredo Jesus, que está na Piedade já desde o passado dia 9. Só vão embora no domingo, 1 de outubro, no último dia da feira de São Mateus.

Nestes momentos de confraternização, a família de José Alfredo, revela este elvense, tem sempre a companhia de “muita gente”, de muitos amigos. “Vimos para aqui, preparamos o almoço, começam a chegar os amigos”, começa por contar. “Descansamos até ao jantar e, depois do jantar, vamos dar uma voltinha à feira”, adianta. Nstes dias, garante ainda José Alfredo, vive-se “na feira e no descanso”.

Elsa Jesus, a mulher de José Alfredo, é uma das responsáveis por, todos os dias, preparar almoço e jantar, para as cerca de 20 pessoas que se juntam no acampamento da família. “Vamos às compras, eu, a minha cunhada Anabela e a Paula. Organizamo-nos sempre as três, falamos sobre o que vamos fazer para o almoço e para o jantar. Fazemos sempre aqui a comida e, ao fim ao cabo, é muito divertido”, revela.

Espanhóis R.A.Y.A. levam público ao rubro na Feira de São Mateus (c/vídeo)

Os espanhóis R.A.Y.A. levaram na noite de ontem, quinta-feira, 21 de setembro, muita animação ao público presente, na Feira de São Mateus.

O repertório do grupo oscilou entre a rumba e o flamenco, num espetáculo de muita alegria, proporcionada pelo grupo de Sevilha.

Antes do grupo espanhol, no palco principal atuou a banda elvense Soversion, onde não faltaram as músicas dos anos 80 e 90.

Já no Palco da Feira coube ao grupo Xumbo Torto animar todos os presentes com a sua música.

Os vídeos destas três atuações para rever abaixo:

Procissão dos Pendões volta a juntar milhares de fiéis em Elvas

A tradicional Procissão dos Pendões, em honra do Senhor Jesus da Piedade, voltou a juntar esta quarta-feira, 20 de setembro, milhares de fiéis, que percorreram a distância entre a Sé de Elvas e o Santuário da Piedade.

Como sempre, esta procissão foi presidida pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho que, aproveitando os microfones da Rádio ELVAS, e lembrando os mais novos, que “querem um mundo novo e melhor”, para poderem “constituir as suas famílias e permanecer nas suas terras”, deixou um abraço para todos.

Recordando também os doentes, por quem rezou, Senra Coelho garante que a solidão é “um caminho de morte”. Evocando o Senhor Jesus da Piedade, o arcebispo lembrou ainda as palavras do Papa Francisco: que “ninguém fica fora” desta romaria, em Elvas, sendo que todos são “convidados a dar as mãos e a trabalhar por um mundo melhor”.

Já o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, que lembra que são muitos os que marcam as suas férias para estarem presentes na romaria de São Mateus, contou, no sítio em que se encontrava a acompanhar nesta momento de fé, entre duas e duas mil pessoas a participarem nesta procissão.

O autarca diz ainda que se está a manter uma tradição dos antepassados pelo que, do seu ponto de vista, não faz sentido comparar-se a feira de São Mateus com determinados festivais que se vão realizando na região.

A todos aqueles que quiseram participar nesta procissão, juntaram-se os habituais pendões das coletividades, paróquias e freguesias do concelho, com o acompanhamento das Bandas Filarmónicas 14 de Janeiro, de Elvas, de Redondo e Barrancos, para além da PSP e dos Escuteiros.

Aquela que é considera a maior romaria a sul do Tejo decorreu ao longo da tarde desta quarta-feira, marcando o início das festas em honra do Senhor Jesus da Piedade.

Algumas das entrevistas realizadas no decorrer da procissão, por António Ferreira Góis, para ver, ou rever, nos vídeos abaixo:

Romeiros de Vila Boim mantêm tradições de São Mateus

A tradição dos Romeiros de Vila Boim foi mantida esta quarta-feira, 20 de setembro, no primeiro dia das Festas em Honra do Senhor Jesus da Piedade e da Feira de São Mateus, com a viagem, nos churriões, daquela localidade do concelho de Elvas até ao Parque da Piedade, onde, uma vez mais, voltaram a ser servidas as famosas sopas de tomate.

A viagem, ao contrário do que tem acontecido sempre, diz o vice-presidente da associação dos Romeiros de Vila Boim, Manuel Ticas, correu “muito bem, fora do normal”. “Chegou tudo inteiro e com os animais sem estarem cansados”, adianta.

Esta, que Manuel Ticas diz ser uma “tradição a manter” até que possam, resulta sempre num convívio, ao qual, uma vez mais, se juntaram os Romeiros de Esperança, do concelho de Arronches, com cinco carroças e 16 pessoas.

Entre Vila Boim e o Parque da Piedade, explica Joaquim Cordeiro, outro dos elementos dos Romeiros de Vila Boim, fez-se uma pausa, na viagem, junto ao Varchotel, bem como na Escola de Varche. Já em Elvas, o grupo seguiu até à rotunda do Bombeiro, junto ao Hospital de Santa Luzia, onde mais crianças das escolas esperavam a sua passagem.

Quem se quis juntar ao almoço dos Romeiros, na Piedade, foi o presidente da Câmara Municipal de Elvas, José Rondão Almeida, que diz ser uma “obrigação” acompanhar esta tradição e estes “amigos”. “É uma larga tradição que, ao longo de séculos, sempre se fez”, adianta o autarca, que recorda que, antigamente, até esta romaria, deslocavam-se pessoas, nas suas carroças, de toda a região Alentejo.

RC3 de Estremoz inicia celebrações de mais um aniversário em Elvas

O Regimento de Cavalaria nº3 (RC3) de Estremoz, começou esta sexta-feira, 8 de setembro, a celebrar os seus 316 anos, num conjunto de iniciativas que se prolonga até ao próximo dia 16.

As comemorações tiveram início, esta manhã, em Elvas, com a tradicional Marcha a Cavalo, a partir do Museu Militar, em direção ao RC3, onde os militares só chegam amanhã.

Para o diretor do Museu Militar de Elvas, coronel Nuno Duarte, é uma honra receber o RC3, para a realização desta tradicional marcha a cavalo. Nuno Duarte diz ainda que “todos os eventos do exterior”, como este, são oportunidades para dinamizar o Museu Militar de Elvas, mostrando-o e divulgando-o como um espaço “dinâmico”.

Para o comandante do RC3 de Estremoz, coronel Simões de Azevedo, “nada melhor” que começar estas comemorações do aniversário do regimento mais antigo do país no Museu Militar de Elvas. Ainda antes da saída dos militares a cavalo, foi descerrada uma placa no Museu Militar de Elvas. Esta placa, explica o coronel, serve, entre outras coisas, para “evocar as origens do RC3”.

Os militares têm hoje chegada prevista à Terrugem ao meio-dia, de onde partem pelas 16 horas, em direção ao Seminário de Vila Viçosa. Amanhã a marcha prossegue de Vila Viçosa, passando por Borba às 9.15 horas. Prevê-se que chegue ao Parque de Feiras de Estremoz ao meio-dia, seguindo depois para o RC3.

Ainda amanhã, haverá um passeio todo o terreno e de BTT, que sai do RC3 de Estremoz, passando pela Serra D’ Ossa e Parque de Feiras de Estremoz.

As comemorações do RC3 de Estremoz contemplam também, na próxima quarta-feira, uma tertúlia literária, na Sala do Capítulo, sob o mote “Madrinhas de Guerra”, pelas 18.30 horas.

Na sexta-feira, dia 15, decorre a cerimónia militar, no Rossio Maquês de Pombal, em Estremoz, pelas 10.15 horas e um espetáculo equestre, junto ao castelo de Estremoz, pelas 21.30 horas.

As comemorações dos 316 anos do RC3 de Estremoz encerram no sábado, 16 de setembro. Neste último dia, realiza-se uma conferência no Museu do Azulejo, marcada para as 17.30 horas, sob o mote “As Campanhas em África”. Pelas 21.30 horas há concerto da Orquestra Ligeira do Exército, no Teatro Bernardim Ribeiro.