32ª Exposição Canina Internacional de Elvas bate record em número de cães inscritos

A 32ª edição da Exposição Canina Internacional de Elvas decorre este sábado, 7 de maio, no Centro de Negócios Transfronteiriço.

Este ano há dez ringues, divididos pelos dois pisos do CNT, onde são 707, os cães inscritos, de 135 raças, provenientes, além de Portugal e Espanha, de Reino Unido, Itália, Bulgária, Finlândia, Panamá, México, Gibraltar e Suécia.  José Homem de Mello, organizador técnico da iniciativa, revela “este ano batemos o record de sempre, sendo o maior número de cães inscritos, de todas as edições”. Sendo esta uma exposição de campeonato internacional, revela o organizador, “um cão para ser campeão internacional tem de ter ganho o certificado de aptidão ao campeonato internacional em três países diferentes”.

Com base no padrão do cão perfeito, para cada raça, relativo à parte morfológica, temperamento e aptidões, os cães dividem-se por onze grupos e o juiz avalia os cães “tendo por base esse padrão”. No final, revela José Homem de Mello, é eleito o melhor cão por raça, também os melhore sbebés, cachorros e juniores, o melhor cão adulto de cada grupo e, posteriormente, desses o melhor da exposição, o segundo e o terceiro”.

Para além da Exposição Internacional canina decorrer hoje, em Elvas, amanhã, domingo, 8 de maio, decorre também na IFEBA, em Badajoz. José Homem de Mello revela que “as duas cidades se complementam, nesta exposição”.

A 32ª exposição canina Internacional de Elvas tem entrada livre e conta com o apoio da Fédération Cynologique Internationale e do Clube Português de Canicultura.

Mais de 80 clássicos pela Rota dos Cafés Delta

Este fim de semana foi de passeio para mais de 170 pessoas, em 82 carros clássicos, naquela que foi já a 16ª edição da Rota dos Cafés Delta.

Oriundos de toda a parte do país, no evento, que passou entre ontem, 30 de abril, e hoje, 1 de maio, pelos concelhos de Elvas, Campo Maior e Castelo de Vide, participaram automóveis desde as décadas de 30 e 40, um deles, como revela o responsável pela organização, Eduardo Cristiano, conduzido por um senhor de 90 anos, vindo de Pombal.

O evento, que Eduardo Cristiano garante ser para continuar, depois de dois anos parado, devido à pandemia, não se faz de um número excessivo de participantes, até porque, estando sozinho na organização deste passeio, procura sempre, e ainda assim, receber bem as pessoas. “Eu tive duas desistências e até podia ter telefonado a outras pessoas, mas eu não trabalho para estatísticas”, assegura, lembrando o grau de responsabilidade que carrega pelo facto do passeio ser patrocinado pela Delta.

Este domingo, e depois de uma visita ao Museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires, em Elvas, durante a manhã, a comitiva seguiu em direção a Campo Maior, onde se realiza o almoço de encerramento do evento.

Maus-tratos na infância “não podem ser uma temática”, defende Luís Rosinha

O flagelo dos maus-tratos na infância “não pode ser uma temática” e tem de deixar de existir na sociedade. Quem o diz é o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, à margem da formação do já tradicional Laço Azul Humano, ao final da manhã desta sexta-feira, 29 de abril, no campo do Estádio Capitão César Correia, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.

“Tem que existir este caminho, que não pode ser só feito por parte da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) – é muito mais feito pela estrutura familiar, do que propriamente por quem está fora – mas aquilo que eu retenho, deste mês intenso e com tantas atividades, é que conseguimos consciencializar, alertar e demonstrar que existe comunidade em torno destes movimentos”, adianta o autarca.

Este, diz ainda Rosinha, foi “um mês fantástico”, que chega agora ao fim, sobretudo, com “um sentimento de dever cumprido”. “Quero saudar, na pessoa da presidente da CPCJ, a professora Francisca Russo, todos os comissários, porque penso que foi um mês intenso também para eles”, acrescenta. Continuar a traçar caminho, independentemente da altura do ano, para, com um trabalho em rede, prosseguir com o trabalho de consciencialização para problemáticas como esta dos maus-tratos a crianças, será sempre o objetivo da autarquia e das entidades locais com quem ela trabalha.

Nesta atividade da formação do laço azul humano, “a mais emblemática”, uma vez que acontece em todo o país, lembra Francisca Russo, participaram cerca de 260 crianças. “São todas as crianças do pré-escolar do concelho: do Agrupamento de Escolas, da Santa Casa da Misericórdia e do Centro Educativo Alice Nabeiro”, adianta a presidente da CPCJ de Campo Maior.

Ainda antes do início da formação do laço, as crianças tiveram oportunidade de participar em algumas atividades lúdicas, iniciativas que resultam de um trabalho conjunto de várias entidades. “A CPCJ tem trabalhado muito bem em equipa, todos os comissários, e temos tido a participação e o empenho de outras entidades, nomeadamente o CLDS, o Município, a Santa Casa, Coração Delta, a Cooperativa, que também nos deu a fruta, e o Intermarché. Tem sido um conjunto de entidades e as atividades que aqui estão a decorrer saíram da comissão alargada, sendo que entre todos os comissários planeámos aquilo que seria o mês de abril”, explica Francisca Russo.

Com a chegada ao fim de abril, a presidente da CPCJ faz um balanço “bastante positivo” das atividades desenvolvidas, com vários objetivos alcançados, durante todo o mês. “As atividades têm decorrido lindamente, a mensagem tem chegado às crianças e aos adultos. Têm-se dado visibilidade a uma problemática que tem de ser encarada de vez e trabalhada”, diz ainda Francisca Russo, por mais que lembre a prevenção deverá ser feita ao longo de todo o ano.

Na próxima terça-feira, a CPCJ irá ainda fazer uma outra atividade, que promete dar outra cor e vida à Avenida Calouste Gulbenkian. Serão colocadas mantas de retalhos, nas árvores dessa avenida, que foram feitas pelas crianças das escolas públicas e privadas do concelho.

 

 

Cerca de 500 crianças formaram laço Azul Humano em Elvas

Cerca de 500 crianças dos três agrupamentos de Escola de Elvas e do Colégio Luso- Britânico formaram esta sexta-feira, 29 de abril, um Laço Azul Humano, no Estádio de Atletismo da cidade.

A iniciativa teve início com a música “Cuida de Mim”, da campanha nacional para a prevenção dos maus-tratos na infância,  interpretada por Margarida Moriano Silva e Roberto Cabral.

Este laço azul humano foi o culminar de um mês de abril repleto de iniciativas, levadas a cabo pela CPCJ de Elvas, no âmbito da prevenção dos maus-tratos na infância. Raquel Guerra presidente da Comissão, revela que “o balanço deste mês foi bastante positivo, na medida em que, quando foram planificadas estas atividades, foram pensadas em chegar a todos os anos de escolaridade”.

A presidente da CPCJ de Elvas recorda que “foi objetivo lembrar as crianças e que elas retivessem a mensagem de que é um direito ser bem tratadas, especialmente, no seio familiar”. Raquel Guerra explica ainda que as famílias não ficaram de fora destas iniciativas, através da realização do calendário dos afetos, pelo que realça, “os objetivos desta campanha do mês de abril foram cumpridos”.

“A mensagem de que devemos dar amor às nossas crianças, porque nós somos o espelho delas e, é o que elas merecem, merecem ter uma infância feliz, porque ela não volta e é um momento único, na vida de cada um”, foi retida pelas crianças e famílias, pelo que Raquel Guerra diz que “a Comissão está muito feliz, por ter alcançado esse objetivo”.

A “melhor FIAPE de sempre” já arrancou em Estremoz

“Tudo se conjuga para que seja a melhor FIAPE de sempre”: é com estas palavras que o presidente da Câmara Municipal de Estremoz revela o seu entusiasmo com o regresso da Feira Internacional Agropecuária e da Feira de Artesanato ao Parque de Feiras e Exposições da cidade, passados dois anos.

“É uma grande satisfação podermos retomar a nossa FIAPE, após estes dois anos de suspensão, pelos motivos tristes que todos conhecemos”, garante o autarca, sem deixar de dirigir ao staff do município um agradecimento, por ter sido “inexcedível e incansável”, e sem o qual não seria possível a retoma do certame.

“Apostámos na essência da FIAPE, isto é, apostámos fortemente no artesanato, com mais expositores e mais espaço; apostámos fortemente na feira pecuária, também com mais expositores e mais espaço; criámos forma de tornar gratuita a entrada na feira; e temos também à noite, que é muito importante e complemente a FIAPE, grandes concertos, com grandes figuras”, revela José Sádio.

Com a entrada gratuita na feira, exceção feita para o acesso ao recinto dos espetáculos, localizado onde decorre, habitualmente, o mercado de levante, o presidente da Câmara de Estremoz está convicto que a afluência de público será muito superior à de edições passadas. “Este facto permitiu fazer aquilo que era reclamado há muito, que era separar as zonas de forma a que não se pagasse só para visitar e para consumir no recinto”, recorda ainda.

Numa cerimónia de abertura, na manhã desta quarta-feira, 27 de abril, presidida pelo Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, Carlos Miguel, foram muitos os presidentes de Câmara, quer do distrito de Évora, como do distrito de Portalegre, que marcaram presença. Um deles é Luís Rosinha, que revela que o Município de Campo Maior tem um stand na FIAPE, dedicado às flores de papel. “Fizemo-lo com todo o prazer e trazemos aquilo que mais nos caracteriza, que são as nossas flores de papel, e cá estamos numa presença de âmbito territorial”, assegura.

Já o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem, garante que toda a região pode “ganhar muito” se se souber aproveitar o potencial de Estremoz, sendo a FIAPE muito importante para o Alentejo, mas também para o país, numa “altura decisiva”: “quando continuamos a depender muito do exterior, daquilo que importamos, para a nossa consistência, a agricultura que fazemos é muito bem feita, porque há uma capacidade e um conhecimento que não existia há 30 anos”.

Eventos como este, garante o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, “ajudam a unir” a população, depois da fase difícil por que se passou com a pandemia. “É com orgulho, com felicidade que estamos aqui hoje a registar este início da FIAPE, em 2022, que é também o assinalar da tentativa de retoma à nossa vida normal e todos aqueles que forem os eventos que possam ajudar a promover o nosso território”, comenta o autarca.

“O importante é que a região continue a afirmar-se como polo de atratividade de investimento, a todos os níveis, e a FIAPE é mais uma demonstração disso”, assegura, por sua vez, o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo. Esperando que esta edição do evento, o “maior da zona dos mármores”, seja um sucesso, destacando o esforço da Câmara de Estremoz para dinamizar a região com o certame.

Também o presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança, não tem dúvidas que a FIAPE, ao nível agrícola, é o certame mais importante da região dos mármores. Com o evento, também a hotelaria de Vila Viçosa sai a ganhar, até porque lembra o autarca, a oferta, nestes concelhos, “ainda não é muita”.

Em termos económicos, garante o presidente da Câmara de Redondo, David Galego, a FIAPE acaba por ser uma “âncora” que faz os concelhos vizinhos de Estremoz trabalhar para que, em conjunto, entre todas autarquias, possam apresentar os seus produtos a nível nacional.

Também o presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, esteve presente na cerimónia de abertura do evento, que assegura que existe, atualmente, e independentemente da cor política de cada um, uma grande união entre todos os municípios do Alentejo Central. “Esperamos que seja um grande evento, a dar força a este evento e a todos os que aconteçam no distrito de Évora. São 14 concelhos que merecem que estejamos todos juntos, a dar-lhes dimensão nacional”, assegura.

O certame tem como cabeças de cartaz The Lucky Duckies, Calema, António Zambujo e Diogo Piçarra. O programa contempla ainda os espetáculos de Los Romeros, Eddie Ferrer, André Amaro, Pedro Cazanova, Em Casa d’Amália e Karetus.

Kids Urban Run anima Jardim Municipal de Campo Maior neste 25 de Abril

Várias dezenas de crianças e jovens, dos cinco aos 16 anos, participaram na manhã deste feriado de 25 de abril, naquela que foi a primeira edição do Kids Urban Run, no jardim municipal de Campo Maior, numa organização do Campo Maior Trail Runners e do União Futebol de Degolados.

“Este jardim tem uma curiosidade: chama-se o jardim da Avenida da Liberdade, por mais que a maior parte das pessoas, em Campo Maior, o conheça como jardim municipal. E nós apanhámos nesse mote e quisemos libertar o jardim para que as crianças o ocupassem, com corrida, com diversão, porque esta uma corrida de obstáculos”, começa por explicar Carlos Pepê, em representação Campo Maior Trail Runners.

Com a atividade, dividida por quatro escalões etários e sexo, procurou-se, acima de tudo, “trazer alegria e liberdade” aos jovens, depois de longos períodos de confinamento, devido à pandemia. “Festejar abril também é isto”, garante Carlos Pepê.

“É giro ver esta malta toda a dar colorido ao nosso jardim”, diz ainda o responsável, adiantando que esta prova deu início ao campeonato concelhio do Kids Urban Run, que conta, até setembro, com mais três provas: no Estádio Capitão César Correia, em Ouguela e em Degolados.

Esta segunda-feira, parte do jardim municipal de Campo Maior deu também espaço a vários campos improvisados de ténis, onde o Coração Delta teve oportunidade de divulgar a modalidade e atrair novos atletas. Sancho Moura, responsável pela modalidade no clube, adianta que o mesmo conta, atualmente, com 30 atletas, tendo esta atividade como objetivo, acima de tudo, promover a atividade física.

Ontem, domingo, dia 24 de abril, foram os adultos que tiveram oportunidade de participar numa corrida, de dez quilómetros, e numa caminhada, de cinco quilómetros, pela liberdade.

 

Campo Maior volta a celebrar a liberdade do 25 de Abril

Passados dois anos, Campo Maior voltou esta segunda-feira, a celebrar a liberdade, neste feriado de 25 de Abril. Numa cerimónia simbólica, nos Paços do Concelho da vila, a Banda 1º de Dezembro, no início de uma arruada, tocou temas emblemáticos, como “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, uma das senhas a canção que serviu de primeira senha à revolução de há 48 anos.

“Nunca o Município de Campo Maior se podia alhear a estas comemorações. São 48 anos de liberdade, verdadeiramente democráticos e este ano temos a particularidade de termos mais tempo em democracia que em ditadura e, por isso mesmo, é motivo de festejo”, começa por dizer o presidente da Câmara, Luís Rosinha. O autarca espera que os valores de Abril se possam manter, não só por estes dias, mas durante todo o ano.

Por esta ocasião, a escadaria da Câmara Municipal foi decorada com fotografias de campomaiorenses, com “sorrisos de liberdade”. Entretanto, as celebrações no concelho, que deviam ter começado no sábado, foram canceladas, devido às previsões de mau tempo. “Baralharam-nos as previsões mete reológicas, mas havia aqui uma preocupação dos próprios artistas e a Câmara foi confirmando e também teve essa sensibilidade, que poderia vir a ocorrer aguaceiros e trovoadas”, explica Rosinha. Tal não se veio a verificar, sendo que concertos, como o de Luís Trigacheiro e dos grupos de música popular de Campo Maior, acontecerão muito em breve.

Hoje, e passados vários anos, é retomada também a realização de uma Assembleia Comemorativa do 25 de Abril, que decorre a partir das 16 horas, no Centro Cultural da vila. “É uma assembleia solene, uma forma condigna de podermos de festejar o 25 de Abril, que foi obviamente um marco para Portugal e foi esse mesmo momento, essa madrugada de abril, que nos permitiu hoje em dia viver de uma forma diferente, de uma forma mais livre”, explica o presidente da Assembleia Municipal de Campo Maior, Jorge Grifo.

Presentes nesta arruada, estiveram, entre outros, os presidentes da Juntas de Freguesia do concelho. Para Miguel Tavares, presidente da Junta de Freguesia de São João Batista, voltar a festejar o 25 de Abril, como antes, “é extraordinário”. “A pandemia limitou-nos bastante, mas como houve esperança no 25 de Abril, também houve esperança que, após pandemia, pudéssemos estar aqui, já sem muitas restrições e poder ver a cara de toda a gente, saber que estamos bem e que nada mudou”, assegura.

Já João Cirilo, presidente da Junta de Freguesia de Degolados, lembra que, passados dois anos, e com o fim da imposição do uso de máscara, também agora se ganha uma nova liberdade. “Na sexta-feira, eu praticamente não conheci os meus alunos e há dois anos que estão comigo. Ao tirarem as máscaras, muitos deles, sinceramente, imaginava uma coisa e é outra completamente diferente. Estamos, aos poucos, a voltar à normalidade, e ainda bem que assim é”, confessa o também professor.

Para Hugo Milton, presidente da Junta de Freguesia da Expectação, celebrar este dia, é recordar o momento em que se ganhou a liberdade, sendo importante nunca esquecer os valores de Abril. “Temos um dia bom, propício a celebrar o 25 de Abril, já que há dois anos que não o pudemos fazer. Estávamos a ver que o tempo não o ia deixar, mas, em todo o caso, conseguimos fazê-lo e aqui estamos para dar valor a esse marco da nossa história”, diz ainda.

Durante a arruada, que teve início junto à Câmara Municipal de Elvas, a comitiva, acompanhada da Banda 1º de Dezembro, percorreu grande parte das ruas da vila, ao longo de toda a manhã.

Hastear das Bandeiras na Câmara de Elvas nas Comemorações do 25 de abril

As comemorações dos 48 anos do 25 abril tiveram início em Elvas, nesta segunda-feira, com o hastear das Bandeiras, nos paços do concelho, ao som da Banda 14 de janeiro.

Para o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, o 25 de abril é uma data “para recordar a grande obra dos capitães de abril, e por outro lado, é uma data que não nos devemos esquecer e que trouxe a liberdade, mas também uma determinada responsabilidade, que passa por respeitar a liberdade dos outros”.

Rondão espera que “sejamos capazes manter esta forma de viver em democracia como temos conseguido até aqui”, lembrando a guerra que se vive na Ucrânia e a falta de democracia por parte da Rússia, ao pretender invadir um país democrático. “É essa grande preocupação que devemos ter em atenção quando, muitas vezes, esquecemos o 25 de abril”, dia Rondão Almeida.

O presidente da Câmara de Elvas enaltece que o concelho “vive em plena democracia e todos nos respeitamos uns aos outros, e é grato verificar como nos comportamos, até no içar das bandeiras, com as três forças políticas, porque a democracia está cima de tudo e a cidade mais alta está, por isso políticas à parte e exercício das funções à frente”, remata.

O município de Elvas, para assinalar esta data proceder também à entrega de cravos à população.

Serafim Carvão homenageado no regresso das “Aleluias” à Terrugem

A tradição das Aleluias voltou ontem, sábado, 16 de abril, a cumprir-se, na freguesia da Terrugem, com a tradicional chuva de rebuçados, após um interregno de dois anos.

Depois do tocar do sino, à meia-noite, deu-se início à celebração, ao som dos chocalhos e, com as ruas a encherem-se de gente, para tentarem recolher os rebuçados, que foram atirados a partir da Sociedade Recreativa, de lojas e de cafés.

Houve também uma homenagem a Serafim Carvão, ou Patilhas, como era popularmente conhecido, que faleceu, recentemente, e vivia esta festa de forma muito intensa.

O presidente da União de Freguesias de Terrugem e Vila Boim, Manuel Bandarra explica que esta homenagem consistiu em “apresentar algumas das entrevistas dadas, sobre esta tradição, e como ele próprio vivia as aleluias, gostando que as pessoas vivessem com ele, de forma alegre, como ele as vivia, e foi isso que quisemos transmitir”.

Relativamente ao retomar da tradição das Aleluias, inseridas nas Comemorações da Páscoa, o presidente revela que “há um balanço bastante positivo”, tendo em conta a união que existiu entre todas as coletividades, associações e a própria união de freguesias.

“Queremos que seja, hoje, o início de uma nova união, e a união faz a força, a Terrugem sempre foi unida, chegámos longe, e é isso que queremos reaver novamente, é a Terrugem com força e a animação que sempre teve e foi característica desta terra”, acrescenta Manuel Bandarra.

Já Elsa Carvão, filha do homenageado, sente-se muito feliz pela homenagem feita ao seu pai, adiantado que é merecida pela forma como, este, vivia esta tradição das aleluias. “Ele era e continua a ser o pioneiro desta festa, porque será sempre lembrado, nesta altura, e para mim foi algo muito importante, fiquei muito emocionada e achei muito bem que o presidente da junta se lembrasse de fazer esta festa, em homenagem ao meu pai”, que segundo diz, “bem merecia, porque para ele, esta festa era tudo”.