Homem detido em Portalegre por manipulação e viciação do tacógrafo

Um homem de 46 anos foi detido esta quinta-feira, 23 de fevereiro, pelo Comando Territorial de Portalegre da GNR, através do Destacamento de Trânsito (DT) de Portalegre, por manipulação e viciação do tacógrafo em veículo pesado de mercadorias, no concelho de Portalegre.

No decorrer de uma ação de fiscalização na Estrada Nacional (EN) 246, na localidade de São Tiago, os militares da Guarda apuraram que o veículo circulava com um dispositivo instalado no próprio tacógrafo, adulterando os dados de registo e originando desta forma uma notação técnica falsa.

O condutor do veículo foi detido pelo crime de falsificação de notação técnica, e o dispositivo utilizado foi apreendido.

Os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Portalegre.

De recordar que o tacógrafo é um aparelho de controlo, destinado a ser instalado a bordo dos veículos rodoviários para indicação, registo e memorização automática ou semiautomática de dados sobre a marcha desses veículos, assim como sobre tempos de condução e de repouso dos condutores, o qual pode ser analógico ou digital, equipando em regra os veículos pesados de mercadorias e de passageiros em circulação, não só em território nacional, mas também em todo o território regulado por acordos multilaterais do Espaço Europeu.

A GNR relembra que, para além da gravidade criminal destes ilícitos, a manipulação e viciação dos tacógrafos constitui uma prática de risco no ambiente rodoviário, introduzindo um elemento em violação das regras de segurança estabelecidas a nível europeu no que se refere aos limites de tempo de condução e períodos mínimos de repouso estabelecidos para os condutores e cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos para os veículos.

Mais 17 casos de Covid-19 reportados em Campo Maior

Campo Maior regista esta quinta-feira, 24 de fevereiro, 17 novos casos de Covid-19, assim como 14 recuperações.

No concelho, encontram-se ativos, ao dia de hoje, 56 casos de infeção, mais três do que ontem.

Desde o início da pandemia, Campo Maior já registou 2329 casos positivos, 15 óbitos e 2258 altas.

Oficina da Flor: Festas do Povo têm nos jovens uma garantia de continuidade

15 de dezembro de 2021: uma data que ficará marcada na história de Campo Maior e na memória de cada um dos campomaiorenses, com a elevação das Festas do Povo a Património Cultural Imaterial da Humanidade.

A decisão foi tomada, no decorrer da 16.ª reunião do Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, em Paris.

Realizadas pela última vez em agosto de 2015, as Festas do Povo de Campo Maior são conhecidas por apresentarem dezenas de ruas, sobretudo no centro histórico da vila, engalanadas com milhares de flores de papel, feitas pela população de forma voluntária. E é isso, acima de tudo, que faz delas tão especiais.

Este, que foi um importante reconhecimento e que deixa a fasquia mais elevada, implica agora que a Câmara de Campo Maior, juntamente com a Associação das Festas do Povo, trace todo um trajeto, no qual se procure “incentivar as novas gerações”, para que, no final de contas, “não se deixe morrer esta tradição secular”. Quem o diz é a vereadora da Cultura, São Silveirinha.

A verdade é que, ainda antes do eclodir da pandemia, Campo Maior preparava-se para realizar mais uma edição das Festas do Povo. 29 de agosto a 6 de setembro de 2020: seria uma semana e um dia de festa e alegria, para os campomaiorenses, mas também para aqueles que, por esta ocasião, enchem as ruas da vila. A 25 de março, desse mesmo ano, Câmara e Associação anunciavam o adiamento das festas, para data incerta, ou não tivesse sido, por essa altura, declarado Estado de Emergência no país.

A continuidade do evento, não tem dúvidas a presidente da Associação das Festas, Vanda Portela, está assegurada, por mais que seja necessária “uma partilha de conhecimento” entre os mais velhos e os mais novos. E isso já está a ser feito, através daquilo a que, no Agrupamento de Escolas, chamaram de Oficina da Flor.

Vanda Portela é a principal responsável por ensinar os jovens a fazer flores de papel

Com o reconhecimento a uma tradição que tem passado de geração em geração, garante o diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, Jaime Carmona, é hora “de se começar a preparar o futuro”. Com este trabalho agora a ser desenvolvido com algumas turmas, quer-se mostrar aos alunos, acima de tudo, que as flores, as festas e o espírito de entreajuda que as caracteriza são “algo que lhes pertence”.

Para já, a Oficina da Flor envolve duas turmas PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação), uma do PCA (Percursos Curriculares Alternativos), e outras duas de Ensino Especial. Mas este projeto já era para ter começado ainda antes do reconhecimento e da elevação das Festas do Povo a Património da Humanidade, de acordo com a técnica de intervenção local, Letícia Garcia. Com os atrasos provocados pela pandemia, mas entretanto estabelecida a parceria com a Associação das Festas do Povo, o trabalho, com estes alunos, na Oficina da Flor, tem vindo a ser desenvolvido desde o primeiro período letivo.

O projeto quer envolver, para além dos alunos, os seus pais e avós, por mais que, recorda Jaime Carmona, em tempos de pandemia, a escola tem estado muito fechada à comunidade.

José, Daran, Rodrigo, Tiago e David são apenas alguns dos exemplos, no seio de um conjunto de alunos que “não tem grande interesse” pelas atividades escolares, pelo que se procura transmitir, a estes jovens, nesta Oficina da Flor, e noutras disciplinas, alguns conhecimentos e ferramentas, que possam vir a ser úteis, através de atividades mais práticas.

Mas em Campo Maior já só se pensa na próxima edição das festas. São Silveirinha garante mesmo que a população “está sedenta” da realização daquele que é o maior ex-líbris festivo do concelho, por mais que ainda tenha de esperar até 2023. Com esta elevação, revela a vereadora, é agora preciso, entre outros, que se mantenha vivo o espírito de voluntariado que caracteriza as festas. Depois da conquista da classificação enquanto Património da Humanidade, há outro passo importante a dar: o da certificação da flor. Esta certificação servirá, sobretudo, para evitar cópias destas flores de papel, que são “únicas e genuínas”. Já para Vanda Portela, a elevação das festas a património da UNESCO acaba por ser como a abertura de “uma janela para o mundo”.

A Oficina da Flor envolve, para já, turmas PIEF, de PCA e de Ensino Especial

Prestes a ser inaugurada está a Casa das Flores que, na prática, será um Centro Interpretativo das Festas do Povo, um espaço que, segundo São Silveirinha, será “muito digno”. Com ele, quer-se, acima de tudo, potenciar ainda mais o turismo de Campo Maior, sendo este um lugar onde não faltarão atividades alusivas às festas. Com a Casa da Flor, Campo Maior fica com um equipamento capaz de mostrar a quem visita a vila, sempre que não há festas, aquilo que elas são.

Mas enquanto não houver festas, nem Centro Interpretativo inaugurado, os alunos, que frequantam a Oficina da Flor vão continuar a trabalhar… No final do ano letivo, a expectativa é que estes jovens façam, mesmo na escola, uma pequena rua, em jeito de amostra daquilo que são as Festas do Povo.

Os primeiros trabalhos, para realizar o certame, em 2023, já começaram. Contudo, é necessário voltar a contactar a população, lembra Vanda Portela, até porque as festas só acontecem quando o povo assim entende.

Em 2023, os campomaiorenses, ao que tudo indica, voltam a sacrificar as suas horas de descanso, agora com esta ajuda extra dos mais novos, para dar forma às flores e demais arranjos sem os quais Campo Maior não se poderia transformar, da noite para o dia, no mais belo dos jardins.

A reportagem, na íntegra, para ouvir no podcast abaixo.

 

Rússia ataca Ucrânia inicia conflito de proporções incalculáveis

Foto agencia
Uma explosão alegadamente em Kiev esta madrugada.© Presidência ucraniana

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quinta-feira de madrugada, uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas “em Donbas” no leste do país.

“Tomei a decisão por uma operação militar”, declarou Putin numa mensagem de televisão inesperada pouco antes das 03h00 . Na mensagem, o mandatário russo pediu aos militares ucranianos que “deponham as armas”.

Putin garantiu que o objetivo não é “a ocupação”, mas sim a “desmilitarização” da Ucrânia.

Portugal condena o ataque 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou esta operação militar da Rússia no leste da Ucrânia,  e publicou nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

“O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia”, lê-se na nota.

Elvas com mais 27 casos de Covid-19 esta quarta-feira

Elvas regista esta quarta-feira, 23 de fevereiro, 27 novos casos de Covid-19 e 29 recuperações.

No concelho, encontram-se ativos, ao dia de hoje, 123 casos de infeção, menos dois do que ontem.

Desde o início da pandemia, em Elvas, já foram registados 40 óbitos, 5.822 casos positivos e 5.659 altas.

Desfile infantil e concurso de murgas no dia 25 em Badajoz

O Carnaval de Badajoz de 2022 anuncia três realizações de foliões para o próximo dia 25, sexta-feira.

O desfile do Carnaval Infantil tem lugar na manhã deste dia, no centro de Badajoz, com início na Avenida da Europa e chegada à Plaza de Minayo (junto ao Tetaro López de Ayala).

O pregão do Carnaval é feito na varanda do edifício do Ayuntamiento de Badajoz, na Praça de Espanha.

A final do concurso de murgas adultas tem lugar no Teatro López de Ayala. Murgas são grupos de pessoas, uma espécie de tuna de Carnaval, com canções à desgarrada com a temática desta época do ano.

Portugal regista 13.158 novos casos de Covid-19 e 28 óbitos

Portugal registou, nas últimas 24 horas, 13.158 novos casos de Covid-19 e 28 óbitos associados à doença.

Nas últimas 24 horas, registaram-se 14.500 casos de recuperação.

Esta quarta-feira, dia 23, em todo o território nacional, há 1646 doentes internados, menos 117, 101 em unidades de cuidados intensivos, menos dez em relação ao dia anterior.

Politécnicos e empresas reúnem em Portalegre para promover internacionalização

O Politécnico de Portalegre acolhe, entre amanhã, 24 de fevereiro, e sábado, dia 26, o 2º Encontro de Internacionalização de Empresas, que tem por objetivo reforçar e promover a correlação entre o Ensino Superior Politécnico Português e o tecido empresarial.

Este encontro, “o único realizado no Alentejo”, revela o pró-presidente do Empreendedorismo, Emprego e Valorização do Conhecimento, Artur Romão (na imagem), resulta de um projeto internacional, através do qual se pretende promover a internacionalização das empresas e dos politécnicos em quatro mercados de África – em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Marrocos – e outros tantos da América do Sul – Brasil, Chile, Perú e Colômbia.

Neste projeto internacional, o Portugal Polytechnics International Network, participam praticamente todos os politécnicos do país, “desde o Minho ao Algarve”. Já no encontro, realizado em Portalegre, estas instituições de ensino superior têm a possibilidade de fornecer os seus contributos ao nível da investigação feita, para partilha de conhecimentos, com vista à internacionalização, quer dos próprios politécnicos, quer das empresas.

Para além de várias conferências, este encontro conta ainda com várias ações de networking e visitas a empresas da região (o programa completo para conhecer abaixo). Entre os temas em debate, estarão as “Iniciativas dos Politécnicos Mobilizadoras para a Internacionalização”, os “Desafios da Internacionalização na Transição para a Economia Verde”, os “Requisitos e Oportunidades na Internacionalização – Perspetivas dos Países de Acolhimento” e o “Processo de Internacionalização na 1ª Pessoa – Perspetivas de Empresas e Empresários”.

PROGRAMA

24 fev (quinta-feira) – Visitas e Conferência

14:00 | Receção aos Participantes | Campus Politécnico – BioBIP

14:30 | Visita à BioBIP e à Unidade de Investigação VALORIZA

15:30 | Visita a empresas da região | Selenis | Evertis | Evertis Recycling

17:30 | Quinta da Fonte Souto – Symington Family Estates

19:30 | Jantar Conferência | Restaurante Martinho
Nota de Boas Vindas – Fernando Rebola – Vice-Presidente IPPortalegre
Rui Moreira de Carvalho – Presidente da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique

25 fev (sexta-feira) – Conferência e Painéis

09:30 | Receção aos Participantes | Campus Politécnico – Auditório Francisco Tomatas – Edifício 1

10:00 | Abertura
Luís Loures – Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre
Fermelinda Carvalho – Presidente da Câmara Municipal de Portalegre

10:15 | Painel 1 – Iniciativas dos Politécnicos Mobilizadoras para a Internacionalização
Armando Pires – Presidente da EURASHE
Joaquim Mourato – Coordenador do LinkMeUP
Fernando Teixeira – Coordenador do Poliempreende
José Carlos Quadrado – Coordenador do PPIN
Moderador: Gonçalo Justino – Assessor do CCISP

11:00 | Pausa para café

11:15 | Painel 2 – Desafios da Internacionalização na Transição para a Economia Verde
Ricardo Campos – Fórum da Energia e Clima
Paula Francisco Coelho – Secretária de Estado para o Ambiente de Angola*
João Martins – EDIA
Mariyana Shishkova – Universidade de Plovdiv, Bulgária
Dobri Dunchev – Universidade de Plovdiv, Bulgária
Moderador: Paulo Ferreira – Pró-Presidente IPPortalegre

12:15 | Painel 3 – Requisitos e Oportunidades na Internacionalização – Perspetivas dos Países de Acolhimento
Alfredo Gabriel Buza – ISCE de Luanda, Angola
Joaquim Dai – Asseco PST, Moçambique
Luciana Gomide – Diplomada do IPPortalegre, Brasil
Gabriela Tellez – Estudante no IPPortalegre, Colômbia*
Moderadora: Anabela Martins – Pró-Presidente IPBragança

13:00 | Almoço

14:30 | Painel 4 – Processo de Internacionalização na 1ª Pessoa – Perspetivas de Empresas e Empresários
Carlos Paiva – IMG
Filipe Pombeiro – NERBE
João Transmontano – Entogenex
Bernard Verguet – Nemotek
Miguel Goulão – Assimagra
João Azevedo Mendes – Symington Family Estates
Ricardo Jorge – Filstone
Miguel Ribeirinho – Delta Cafés
Moderador: João Carrega – Diretor do Ensino Magazine

16:15 | Pausa para café

16:30 | Conferência Final
Pedro Dominguinhos – Presidente do CCISP

17:00 | Encerramento
Luís Loures – Presidente do IPPortalegre
António Ceia da Silva – Presidente da CCDRAlentejo

26 fev (sábado) – Networking e Visitas
10:00 | Ações de Networking entre os Participantes – Visitas livres (em grupo) – Portalegre, Castelo de Vide/Marvão, Campo Maior/Elvas/Badajoz

*Participação remota

Município de Alandroal tem vários projetos para Juromenha

A Fortaleza de Juromenha está a ser alvo de uma obra de restauro e conservação. Uma empreitada que teve início em outubro do ano passado, com um prazo de execução de dois anos.

É uma obra tem cerca de cinco milhões de euros de investimento associado, e tem como objetivo “restaurar os três tipos de muralha da fortaleza, a árabe, medieval e seiscentista, tudo isso será restaurado, afirma João Grilo, presidente da Câmara de Alandroal, revelando que apenas fica o interior da fortaleza por “resolver”, mas há um projeto do Revive “para ocupar uma parte com uma unidade hoteleira, algo que está a ser preparado em conjunto com a Secretaria de Estado do Turismo, o restante será alvo de requalificação”, revela.

O concurso é lançado pela Secretaria de Estado, pelo que os interessados deverão demonstrar o seu interesse junto do governo, mas João Grilo acredita que “não será difícil que um grupo hoteleiro, de bom nível, mostre interesse por um projeto tão interessante como o de Juromenha”.

Para o presidente da Câmara de Alandroal esta obra é apenas o início daquilo que se pretende para Juromenha. “Temos um caminho para a requalificação total da fortaleza de Juromenha para a colocar ao serviço do desenvolvimento local, para valorizar o património e, isto é só o princípio, porque nos obriga a repensar o exterior da fortaleza, as vias de comunicação e toda a vila, estamos a trabalhar num plano de reconversão de ordenamento”.

Há inda um projeto para um centro náutico com valências recreativas, junto ao rio, sem a componente de praia. “Juromenha está a ver o seu processo de reconversão desbloqueado, com este caminho que queremos, naturalmente, continuar a investir, remata João Grilo.