Degolados: Ateliê das Artes combate solidão de “idosos órfãos de filhos vivos”

Eunice Vieira e duas das idosas que frequentam o Ateliê das Artes

Inaugurado há cerca de um ano, o Ateliê das Artes, em Degolados, tem sido um escape para algumas idosas daquela freguesia do concelho de Campo Maior, que ali encontram, um dia por semana, atividades que as ocupam, mas mais que isso: um lugar onde o convívio é a palavra de ordem.

Até ao momento, revela uma das responsáveis pelo ateliê, Eunice Vieira, apenas as senhoras têm frequentado este espaço, algumas delas com mais de 80 anos, sendo que a iniciativa é também abertas aos homens. “Gostávamos também de ter alguns senhores, que eles têm jeito para aquelas manualidades das madeiras, muito interessantes, mas ainda não apareceram”, começa por dizer esta funcionária do Município de Campo Maior, convidando-os a juntarem-se a esta iniciativa.

Atualmente, são entre sete a oito senhoras que, todas as quartas-feiras, frequentam este ateliê, sobretudo para trabalhos de costura e pintura. “É um bocadinho que elas passam connosco, um dia agradável, em que também recebemos imensas partilhas de coisas que elas sabem fazer”, acrescenta Eunice Vieira.

Eunice Vieira

Mais que os trabalhos desenvolvidos no ateliê, a responsável pela área da costura, assegura que este projeto tem sido muito importante para combater a solidão em que algumas destas idosas vivem. “Eu costumo dizer que não tinha noção que existiam tantos idosos órfãos de filhos vivos. Este é um bocadinho que lhes combate a solidão, porque há pessoas que são viúvas, que não têm filhos, estão completamente sozinhas e sentem-se em casa connosco”, assegura. A responsável garante ainda que, muitas vezes, acaba com as lágrimas nos olhos ao ouvir as histórias destas mulheres, considerando “muito gratificante” o trabalho que têm vindo ali a desenvolver.

Ernestina Cachaço e Ana Miranda são duas das senhoras que frequentam, desde o início, este ateliê. Ernestina, que diz ter já um grande “amor à camisola”, confessa que chega mesmo a fazer parte dos artigos iniciados no ateliê em casa, sempre “com muita força de vontade e trabalho”. “É um dia de convívio, temos um ambiente espetacular, boas condições. Temos tudo”, acrescenta.

Ana Miranda

Já Ana Miranda confessa que os trabalhos relacionados com renda são aqueles que mais gosta de fazer neste ateliê. “Todos os dias, lá estarei e já fizemos muita coisa”, garante, assegurando que o convívio é o melhor que leva desta iniciativa.

A participação neste ateliê, segundo a secretária da Junta de Freguesia de Degolados, Olga Madeira, é totalmente gratuita e aberta a todos os interessados. Para isso, basta as pessoas interessadas se dirijam à Junta de Freguesia ou às próprias responsáveis pelo ateliê, para que se inscrevam e participem nas atividades.

Recentemente, o grupo de utentes deste ateliê teve oportunidade de expor os seus trabalhos, em Degolados, naquela que foi a primeira feirinha de natal, promovida pela Junta de Freguesia. Para além de Eunice Vieira, este ateliê das Artes conta com a colaboração de Cristina Sabino, na área da pintura.

Presépio animado para visitar no Celeiro da Cultura de Borba até 8 de janeiro

Inaugurado na semana passada, após concluídas as obras de reabilitação, o Celeiro da Cultura, em Borba, tem disponível para visita um presépio animado de José Grego e Rosa Aparício.

Segundo a vereadora na Câmara de Borba, Sofia Dias, o Celeiro da Cultura é agora “um espaço melhorado, mais amplo e muito mais agradável”, que, para além deste presépio, é agora capaz de receber, no seu primeiro andar, entre outros, exposições e seminários.

“Este presépio já é visitado por centenas de pessoas e certamente que este ano também o será. Fica o convite para visitarem, para virem a Borba. Aproveitam e visitam este presépio, o presépio de rua e a iluminação também”, diz ainda Sofia Dias.

O presépio animado é composto por cerca de 1500 peças. Já o Presépio de Rua, com figuras em tamanho real, encontra-se instalado no Largo da Fonte das Bicas. Ambos podem ser visitados até 8 de janeiro.

 

Junta da Expectação oferece jogos cognitivos à Santa Casa da Misericórdia

A Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Expectação, em Campo Maior, ofereceu, recentemente, um conjunto de jogos cognitivos à Santa Casa da Misericórdia da vila, para que os profissionais da instituição possam “estimular” a mente dos utentes do lar e centro de dia.

Numa publicação feita na sua página de Facebook, a Junta de Freguesia assegura que a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior está “repleta de excelentes profissionais, que diariamente tentam dar o seu melhor, para tornar o dia de todos ali presentes, cheios de alegria e convictos que é possível alcançar a felicidade quando menos se espera”.

A Junta de Freguesia quis “abraçar esta harmonia entre todos, contribuindo assim com jogos cognitivos”, lê-se ainda na referida publicação.

Homem morre atropelado pela própria viatura

Um homem, de 66 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira, dia 12, atropelado pela própria viatura, na Caleja de Santo António, em Arronches.

O alerta foi dado às 6.22 horas e o óbito foi declarado no local pela equipa médica da VMER de Portalegre, segundo fonte da Rádio Campo Maior.

No local estiveram sete operacionais e quatro viaturas dos Bombeiros Voluntários de Arronches, GNR e VMER de Portalegre.

Lar de Degolados e Cruz Vermelha de Elvas apoiados pela Missão Continente

O lar e Centro de Dia de Nossa Senhora da Graça de Degolados é uma das quatro instituições do distrito de Portalegre a contar com o apoio da Missão Continente, através da campanha “Presentes à Mesa”. Eliseu Pernão, responsável pela instituição, considera que “todos os apoio são bem recebidos, uma vez que esta instituição sobrevive, na sua maioria, do contributo dos utentes”.

Também o Centro Humanitário de Elvas das Cruz Vermelha Portuguesa é uma das quatro instituições do distrito de Portalegre a contar com o apoio da Missão Continente, através da campanha “Presentes à Mesa”.

“A campanha está a decorrer até dia 8 de Janeiro, nas lojas Continente e Online, através da venda de vales solidários de 1€ e 5€”, como nos referiu a diretora do centro, Isabel Mascarenhas.

A campanha apresenta este ano uma novidade, “uma vez que vai atribuir um cartão às famílias carenciadas para que possam fazer as suas compras de primeira necessidade. Com esta entrega, pretende-se uma Maior autonomia e escolha na compra dos produtos. Nem sempre as famílias precisam dos enlatados ou daqueles alimentos que nós podemos dar. Então, através do cartão Dá, as pessoas apoiadas podem comprar bens de primeira necessidade, seja de alimentação ou higiene, de acordo com as suas preferências e necessidades”.

Este Natal, através da campanha “Presentes à Mesa”, a Missão Continente vai apoiar quatro instituições do distrito de Portalegre: o Centro Humanitário de Elvas das Cruz Vermelha Portuguesa, o lar e Centro de Dia de Nossa Senhora da Graça de Degolados, o Centro de recuperação infantil Ponte de Sor e o Centro Social e Jardim Infantil de S. Cristovão de Portalegre.

O valor angariado por cada loja será doado 50% para a Rede de Emergência Alimentar (REA) e 50% para a instituição local apoiada pela loja. Desta forma, os clientes apoiam a REA – que funciona à escala nacional -, mas também a instituição local, contribuindo diretamente para a sua comunidade e conterrâneos.

No total, a campanha apoiará 328 instituições locais em todo o país, além da Rede de Emergência Alimentar.

Rastreio do Cancro da Mama nos dias 12 e 13 em Arronches

O Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em parceria com a Administração Regional de Saúde do Alentejo, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano e o Agrupamento de Centros de Saúde de São Mamede, promove um rastreio do Cancro da Mama em Arronches, nos próximos dias 14 e 15 de dezembro.

O rastreio decorre na Unidade Móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro, das 9h20 às 13 horas e das 14 às 17h40, junto ao Centro de Saúde de Arronches.

As mulheres do concelho de Arronches, elegíveis para o rastreio (dos 50 ais 69 anos), vão poder contar com uma equipa técnica especializada na área do cancro da mama e com equipamentos digitais novos que potenciam uma melhor qualidade do diagnóstico.

O rastreio é de base populacional, para mulheres entre os 50 e os 69 anos e realiza-se por convite, de dois em dois anos. No Núcleo Regional do Sul, teve início em 1997 e, gradualmente, foi sendo feito o seu alargamento. Até hoje, já se realizaram cerca de cinco milhões de mamografias a nível nacional e cerca de um milhão na região Sul.

CLDS de Arronches ajuda desempregados na procura de emprego

Ajudar a população desempregada do concelho de Arronches a encontrar trabalho é uma das principais preocupações do CLDS 4G Coração Mágico, que tem no emprego, formação e qualificação um dos seus eixos de intervenção.

A Associação Casa Juvenil Nossa Senhora da Assunção, segundo explica a coordenadora do CLDS de Arronches, Goreti Cirilo, é a entidade promotora do projeto, que para além do CLDS, tem “duas casas de acolhimento: a PraCachopos, uma casa especializada que acolhe jovens dos 12 aos 18 anos, e a Bem Me Quer, que acolhe crianças e jovens dos 0 aos 18 anos”. Com o projeto Coração Mágico, o CLDS dá cobertura a todo o concelho de Arronches.

Ao nível do emprego, explica Goreti Cirilo, e apesar de Arronches “não ser um concelho com uma grande taxa de desemprego”, o CLDS procura ajudar, desde a execução dos currículos à procura ativa de emprego. “Fazemos muitas ofertas de trabalho, encaminhamos essas pessoas para essas ofertas. Há muitas empresas e entidades que vêm ter connosco a perguntar se temos uma base de dados de desempregados”, acrescenta. Para além dos desempregados de Arronches, o CLDS tem ajudado também pessoas de outros concelhos a encontrar trabalho. “Desde que nos enviem os seus currículos, vamos encaminhando para essas ofertas”, explica.

Os interessados, para se candidatarem às vagas de emprego que o CLDS vai divulgando, através das redes sociais, devem enviar o seu currículo para o email clds4garronches@gmail.com.

Para além do emprego, o CLDS tem como focos as crianças e os idosos mais desfavorecidos. Os Contratos Locais de Desenvolvimento Social são instrumentos de política social de proximidade com a finalidade de capacitar, empreender e incluir.

ARKUS estimula alunos do 1º ciclo de Elvas a manter viva a tradição da ronca

A Associação Juvenil ARKUS está a desenvolver um projeto com os alunos do 1º ciclo do concelho de Elvas, com o objetivo de não se perder a tradição, no que ao tocar a ronca e cantar ao menino diz respeito.

O projeto tem como nome “viver a tradição” e está a percorrer as escolas do concelho. Raquel Pirota, membro da ARKUS, revela que este projeto “surgiu do presidente Associação, Carlos Beirão, para que os alunos deem continuidade a esta tradição da nossa cidade, em que se toca à ronca e se canta ao menino”.

Com alguns membros da Associação, com cada criança é explicada “a forma como se constrói a Ronca, com recurso a latas, canas e pele e depois as crianças experimentam”. Depois de terminada esta fase o objetivo final é que as crianças atuem na Praça da República, em Elvas, no dia 16 deste mês, que segundo Raquel Pirota “ será o maior número de crianças junto, alguma vez visto”.

Raquel Pirota diz ainda que o projeto, futuramente, pretende “englobar as crianças do pré-escolar até chegar aos jovens” e garante que este tem sido uma experiência “muito desafiante e gratificante, porque por incrível que pareça, há muitas crianças que nunca tinham tocado a ronca”.

Vitória Mendes, também conhecida como Vitórica é um dos elementos do Grupo “Roncas D’ Elvas que ajuda as crianças a fazer a Ronca e revela que esta tem sido “uma ótima experiência”, da qual muito gosta porque a está a ensinar aquilo que a ensinaram a ela, quando era pequena, recordando que “antes as roncas eram feitas da pele do papo do peru, da lebre ou do coelho”.

Os alunos, garante Vitória Mendes, ficam “muito agradecidos” com esta atividade, que pretende que “as raízes não se percam”.

Já a professora Estrela Calado adianta que estas iniciativas são importantes para dar a conhecer às crianças, “as raízes do seu património cultural”.

ARKUS que dinamiza, junto dos alunos de 1º ciclo do concelho o projeto “viver a tradição”, que pretende manter viva a tradição do Natal de Elvas.

Artesãos e comerciantes de Arronches dão vida a Mercadinho de Natal

O Mercado Municipal de Arronches dá lugar, este fim de semanas, dias 10 e 11 de dezembro, a um Mercadinho de Natal, onde os visitantes têm oportunidade de fazer as suas compras para esta quadra que se avizinha.

O certame conta com expositores de produtos alimentares, artesanato, decoração e vestuário do concelho. Segundo o presidente da Câmara de Arronches, João Crespo, com a iniciativa, procura-se dar oportunidade aos comerciantes, artesãos e instituições de Arronches de venderem os seus produtos, numa segunda edição deste mercadinho, depois de no ano passado se ter revelado “um sucesso”.

Para além de se procurar dinamizar o comércio local, a iniciativa tem também uma componente cultural associada. Se ontem atuaram CAEP Voices, o Grupo das Pedrinhas de Arronches e o Grupo Coral “Vozes à Janela” da Escola de Música de Arronches, hoje, a partir das 15 horas, decorre um encontro de Grupos de Cantares das Universidades e Academias Seniores.

Já os mais pequenos têm a oportunidade de se divertir num insuflável e interagir com o Pai Natal. Este Mercadinho de Natal funciona esta domingo, tal como aconteceu ontem, entre as 10 e as 19 horas.

Artesanato para todos os gostos na feira de natal do Museu Aberto

O Museu Aberto de Campo Maior abriu portas este fim de semana para uma feira de natal – “Aldeia das Mãos de Fada”, onde vários artesãos procuram dar a conhecer e vender os seus trabalhos, tendo oportunidade de o voltar a fazer também no próximo fim de semana (dias 17 e 18 de dezembro).

Entre os artesãos, encontram-se João Macareno e Verónica Moura, que lançaram já uma marca dedicada à bijutaria e aos acessórios, a “Resistência”. Segundo João, todos os produtos que têm disponíveis são feitos a partir de materiais de computadores obsoletos e outras máquinas de informática. “Temos, por exemplo, brincos feitos à base de chip7 e motherboard, temos porta-chaves feitos de processadores e memória RAM”, enumera. Já Verónica, que assegura que não tem existido muita afluência a esta feira de natal, explica que começou a produzir estas peças em casa, por não se identificar com aquelas que existiam no mercado, tendo a marca surgindo por achar que mais pessoas poderiam gostar da sua arte.

Alexandra Guerra é outra das artesãs com banca no Museu Aberto, onde se destacam os gnomos mensageiros que produz, ao longo de todo o ano, mas sempre a pensar no natal. Feitos com materiais reciclados, como restos de tecidos, cartão e serapilheira, estes gnomos são entregues com mensagens “motivacionais”. “São mensagens para dizermos às pessoas o quanto gostamos delas”, acrescenta.

Esta feira de natal funciona, este domingo, bem como no próximo fim de semana, das 10 às 13 horas e entre as 14 e as 18 horas.