Gastronomia de Campo Maior dada a conhecer e a provar em Badajoz

Sete restaurantes de Campo Maior vão, ao longo desta semana promover a gastronomia da vila, na Mostra Gastronómica que teve início hoje, e decorre até sexta-feira, em Badajoz, numa iniciativa integrada na promoção da Eurocidade Badajoz-Elvas-Campo Maior.

“Trazer aquilo que de melhor se faz, no âmbito da gastronomia de Campo Maior”, é um dos objetivos desta iniciativa, revela João Muacho, o que permite de igual forma, “trazer alguma retoma a este setor, que se viu bastante afetado com a pandemia”.

Haverá três restaurantes por dia, nesta iniciativa que decorre na Avenida Juan Carlos I, tendo ainda como objetivo que esta “mostra possa ter os frutos, e levar as pessoas até Campo Maior, degustar outros pratos e contribuir, de igual forma, para a economia local”. o município teve em atenção o atual cenário da pandemia e tendo por base as normas de segurança.

A degustação “é totalmente gratuita”, adianta João Muacho, sendo que o município patrocina “a oferta dos cerca de 270 mini pratos que são distribuídos, diariamente, sendo uma forma de aguçar o apetite e convidar as pessoas a visitar Campo Maior, Elvas, o Alentejo e a Eurocidade, enquanto região”.

Já Sérgio Ventura, vereador no município de Elvas adianta que “esta é mais uma das iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito da Eurocidade, dando destaque à gastronomia, algo que se pretende continuar a fazer, numa altura em que pouco a pouco voltamos à normalidade”.

Para o Alcaide de Badajoz, Ignacio Gragera Barrera, esta é uma “iniciativa muito interessante, que aproxima a gastronomia de Campo Maior até à população de Badajoz”, dando destaque aos pratos que degustou, como o bacalhau e bochechas. O Alcaide considera que e “é importante que se continuem a dar destaque ao conceito da Eurocidade: dois países, três localidades e um só destino, é bom partilhar toda a tradição, cultura e arte gastronómica, em Badajoz”.

Um dos restaurantes presentes hoje é a Taberna “O Ministro”, e Laura Garcia, funcionária do estabelecimento explica que disponibiliza um prato de Bochechas de porco, bem como o bacalhau à Taberna,  considerando a iniciativa uma mais valia, para mostrar a comida tradicional do Alentejo.

Outros dos estabelecimentos presentes é o Tapas Bar Azeitona, que preparou um bacalhau dourado e tomatada de frango, típica de Campo Maior. Isabel Martins proprietária do restaurante considera que esta “é uma excelente iniciativa”. Tendo em conta que o seu restaurante abriu há cerca de três anos considera que não são muito conhecidos, pelo que “esta mostra é importantíssima”.

No stand de Isabel é possível sentir o espírito campomaiorense, através da decoração e do som das saias de Campo Maior. A proprietária revela ainda que quem degustar as iguarias no seu stand tem um cartão com 10% de desconto para usufruiu no seu restaurante em Campo Maior.

O terceiro restaurante presente neste primeiro dia da Mostra Gastronómica de Campo Maior é o Hotel Rural Olivale. Vítor Canhão, proprietário explica que esta é “uma forma de crescermos todos e sermos mais fortes juntos. Para apresentar à população de Badajoz tem disponível o bacalhau espiritual e bacalhau com espinafres e gambas, que segundo o proprietário “os espanhóis apreciam e gostam bastante”.

Partos gastronómicos de sete restaurantes de Campo Maior, que vão poder ser degustados até sexta-feira, dia 25, na Avenida Juan Carlos I, junto à Calle Menacho, em Badajoz.

Inauguração do São João de Badajoz (c/fotos)

A edição deste ano da Feira de São João abriu portas ontem à noite, em Badajoz. Apesar das limitações impostas, devido à Covid-19, muitas foram as pessoas que quiseram garantir a sua entrada no recinto, limitada a metade da capacidade máxima.

O evento, em conformidade com as medidas restritivas de controlo da pandemia atualmente em vigor, terá a meia-noite como limite de horário de funcionamento.

O projeto Ella baila sola atua hoje, às 22 horas, na Feira de São João, em Badajoz. O concerto tem capacidade máxima para 1500 pessoas.

A Feira de São João decorre até ao próximo sábado, dia 26.

Padre João Luís da Silva regressa a Campo Maior para apresentar novo livro

DSC_5705O padre João Luís da Silva voltou, na tarde deste domingo, 13 de junho, a Campo Maior, onde foi pároco durante dois anos, para apresentar o seu mais recente livro: “Todos os Caminhos Vão Dar a Tua Casa”.

A obra, apresentada aos campomaiorenses, no Centro Cultural da vila, conta com o testemunho de 54 figuras públicas, relativamente à sua devoção a Nossa Senhora de Fátima.

Em Campo Maior, garante o padre, deixou alguns amigos, pelo que a vila e os campomaiorenses continuam na sua vida. “Foram dois anos muito bonitos, que aqui estive, como pároco, e quando há uma atividade, como o lançamento de um livro, Campo Maior fica sempre na rota destes caminhos”, revela o padre.

O livro, que é um “tributo a Nossa Senhora”, conta com as participações do comendador Rui Nabeiro, do secretário de Estado e antigo presidente da Câmara de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, de Fátima Lopes, Marco Paulo, Aura Miguel, entre muitos outros. Todas as personalidades que participam neste livro, que conta com prefácio escrito por Marcelo Rebelo de Sousa, “têm um carinho muito especial por Fátima”.

O comendador Rui Nabeiro, presente na sessão de apresentação do livro, assegura que o padre João Luís da Silva deixou saudades em Campo Maior, reconhecendo nele uma “pessoa extraordinária”.

Já o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, João Muacho, garante que há um sentimento de amizade que une os campomaiorenses ao padre João Luís da Silva, e que a apresentação do livro na vila surge, precisamente, dessa ligação. Também a vereadora Vanda Alegria garante que sempre que o padre tem vontade de voltar a Campo Maior, a população recebe-o de braços abertos.

A venda do novo livro do padre João Luís da Silva reverte a favor do Projeto MENTALizar da Fundação São João de Deus, que intervém junto de pessoas e organizações na promoção da Saúde Mental.

Edição especial da Ecuextre já começou em Badajoz

DSC_0044A 12ª edição da Ecuextre, a Feira do Cavalo e do Touro, teve início esta quinta-feira, 3 de junho, nos pavilhões da IFEBA, em Badajoz, em moldes muito diferentes do habitual, tendo em conta que, desta feita, o certame contempla apenas concursos e campeonatos hípicos, sem a presença dos habituais stands relacionados com o setor.

Esta é a última feira na IFEBA de Francisco Fragoso enquanto alcaide de Badajoz. Ainda assim, o autarca prefere destacar que o evento é “o primeiro depois da pandemia” e que oferece “alguma esperança no futuro”. “O importante sempre é sentir o dever cumprido e não que esteja seja, para mim, a última feira”, acrescenta.

O alcaide adianta que, pela primeira vez, realiza-se neste evento, um concurso dedicado ao cavalo lusitano, revelando ainda ter esperança que, nas feiras que se vão realizar no verão, já se possa “atingir a normalidade”. Também pela primeira vez, nesta feira, realiza-se um campeonato do mundo de Doma Vaquera.

Presente, na sessão de abertura do evento, esteve o comendador Rui Nabeiro, que, aos nossos microfones, quis destacar a “camaradagem” de Francisco Fragoso com Campo Maior e Elvas, lamentando que o mesmo vá deixar o cargo de alcaide. “O presidente vai sair, mas eu vejo-o sair com muita tristeza, porque é um homem que soube ganhar a amizade, que pensa no vizinho do lado. Este homem é extraordinário”, comenta.

Já o vereador na Câmara de Elvas, Sérgio Ventura, assegura que este é um evento, que marca o regresso à normalidade possível, sendo muito importante para a região e para a Eurocidade. “É muito importante para a nossa atividade económica,  para a nossa atividade social, continuamos com a vacinação e vamos ver se, para o final do ano, já vamos poder estar com as atividades normais”, diz. Sérgio Ventura lembra ainda que a atividade ligada ao cavalo e ao touro, quem “vem do nosso passado”, gera muito dinheiro e une os dois lados desta região transfronteiriça.

Luís Rosinha, vereador na Câmara de Campo Maior, garante que este evento marca o “reatar de relações”, que muito têm sofrido, entre os três vértices da Eurocidade, agradecendo a Francisco Fragoso por se lembrar de Campo Maior e Elvas. O certame, adianta, “é um sinal claro de apoio ao mundo do cavalo e ao mundo do touro”. Rosinha recorda ainda, e por se tratar da feira do cavalo e do touro, a marca que Joaquim Bastinhas deixou no mundo da tauromaquia.

A Ecuextre decorre entre hoje e domingo, dia 6, de 10 a 13 e, ainda, entre os dias 18 e 20 de junho. Para além de vários campeonatos, troféus e provas, estão programadas algumas atividades taurinas, como aulas práticas da Escola Taurina de Badajoz, a entrega de prémios de concursos de fotografia e várias conferências.

Atletas do Clube de Futebol Os Elvenses já retomaram os treinos

DSC_0023Depois de mais de um ano sem treinar, devido à interrupção provocada pela pandemia, os escalões de formação de futebol puderam já, no passado mês de abril, regressar aos campos.

A nossa reportagem acompanhou um treino dos escalões de benjamins e infantis do Clube de Futebol Os Elvenses, e a felicidade por este regresso aos campos foi evidente, por parte de treinador e atletas.

Para Nelinho, treinador destes escalões, este era um regresso muito aguardado, pelo que “é uma alegria e uma satisfação ver o sorriso das crianças, e para nós, que gostamos de ensinar também estamos muito contentes por voltar, porque depois desta paragem, voltar a praticar a modalidade que abraçaram, com os colegas de equipa é de louvar”. Na esperança que as coisas vão melhorando, e de poderem entrar nos campeonatos da Associação de Futebol de Portalegre.

A paragem, “quer queiramos quer não, acaba sempre por fazer mal aos atletas”, sendo que agora o objetivo é dar início a uma pré época para que os atletas “voltem aos seus índices físicos”, que tinham anteriormente, uma vez que antes da paragem, considera Nelinho, eram a equipa, “fisicamente mais forte”.

O clube conta atualmente com cerca de 75 atletas. Ao contrário do que aconteceu em alguns clubes, no caso dos Elvenses houve quatro desistências, mas para compensar houve também mais atletas a entrar. O treinador afirma que “há mais modalidades e as crianças gostam de experimentar outro tipo de modalidade”, afirmando que “há atletas que praticam natação, simultaneamente com o futebol, pelo que dá mais destreza e mobilidade” aos mesmos.

Relativamente às medidas a ter em conta, com a Covid-19, Nelinho explica como se processa o treino: inicialmente é medida a temperatura corporal, “os atletas só tiram a máscara quando começam o treino e voltam a colocá-la quando o mesmo acaba”, durante o treino tentam manter o distanciamento, à exceção da parte em que começa a dinâmica de jogo, que é a altura em que existe maior proximidade”. De recordar também que todos os técnicos e atletas foram testados à Covid-19, previamente.

A nossa reportagem teve ainda oportunidade de falar com algumas das crianças que regressaram aos treinos do Clube de Futebol Os Elvenses. Joana Lopes iniciou recentemente no clube e afirma que “é divertido voltar aos treinos, voltar a correr e ao convívio com os colegas”. A atleta relata ainda que o facto de todos terem feito o teste antes do treino os deixou “mais descansados”.

Duarte Martins joga há três anos no clube e adianta que esta paragem foi “complicada”, porque queria jogar futebol e não podia, no entanto ia para um campo perto de casa, jogar um pouco, e agora, apesar de se sentir feliz por este regresso sente que não tem “a mesma resistência física”. Carolina Cristiano joga nos Elvenses, há quatro anos, e explica que voltar “foi bom para reencontrar os colegas”, e fazer aquilo que mais gosta que “é jogar futebol”, admitindo também que a resistência física não é a mesma.

Já Chayenne Castro, outros dos atletas do clube afirma que tentava treinar em casa, e o regresso foi bom para “voltar a sentir o que é estar com uma bola e por isso foi uma grande felicidade”.

Atletas de formação, do Clube de Futebol Os Elvenses que retomaram recentemente os treinos, com todas as medidas de segurança emitidas pela Direção- Geral da Saúde, depois de um longo período de interrupção, devido à pandemia.

Centro de Inteligência Competitiva em Campo Maior concluído dentro de seis meses

DSC_4424 A obra que decorre na Antiga Escola da Cooperativa, em Campo Maior e que dará origem ao Centro de Inteligência Competitiva recebeu esta sexta-feira, dia 28, a visita dos secretários de Estado do Planeamento e, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

No final da visita da comitiva, João Muacho, presidente da Câmara de Campo Maior adiantou que “é possível que dentro dos próximos seis meses a obra física e em termos de equipamento, possa estar concluída”, a partir daí o investimento de um milhão de euros financiado a 85%, é um projeto estruturante para a região e Portugal no que é o big data e a análise de dados, deixa-nos muito satisfeitos”.

Depois da obra é necessário dar-lhe vida diz o presidente, sendo “objetivo trazer pessoas da área da informática e análise de dados para o Alentejo e dinamizar estes territórios, de baixa densidade”.

Perto de 15 postos de trabalho podem ser criados no espaço de um ano e meio. João Muacho adianta que, em Campo Maior, “existem espaços convidativos para alojar técnicos e a partir daqui possam desenvolver a sua atividade profissional, por exemplo, em coworking”.

Ricardo Pinheiro, secretário de Estado do Planeamento revela que este “é um projeto diferenciador”, destacando a forma como “o interior consegue reinventar-se”, e as parcerias envolvidas neste projeto, pelo que “Campo Maior teve a sorte”, nestas parcerias “de se juntarem e perceberam que podiam criara a partir do interior um centro desta natureza”.

Já o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, considera este um projeto “muito interessante, pelo conceito que aqui existe, valorização dos produtos endógenos que ainda não tinha sido abordada, e vamos ter dados para perceber de que forma podem ser colocados em determinados mercados”.

Há um instrumento que consta do Plano de Recuperação e Resiliência do Governo, que poderá ser integrado na conceção deste projeto, as agendas mobilizadoras, que se podem adaptar a estes recursos endógenos que são transversais a outras zonas do país”.

Sendo este um projeto digital e de tecnologia, João Sobrinho Teixeira destaca a parceria com o Politécnico de Portalegre, uma vez que será “um ganho de formação dos quadros das empresas, para além, dos ganhos económicos e empresariais”.

O Instituto Politécnico de Portalegre é um parceiro deste projeto, e Luís Loures, vice presidente da instituição afirma que da parte do politécnico “há um compromisso forte na para na área da digitalização e formação de jovens e adultos, apostar na questão da digitalização e trazer a Campo Maior o que de melhor se faz a nível nacional”. Luís Loures considera que a questão da digitalização vem de certa forma dinamizar estes territórios.

Já Pedro Murcela, presidente da Assembleia Municipal de Campo Maior assume que este projeto é uma mais-valia “não só para Campo maior, mas também para o Alentejo”, sendo esta “uma forma de mostrar ao país que o interior também merece este tipo de projetos”.

O Centro de Inteligência Competitiva em Campo Maior trata-se de um projeto que valoriza o conhecimento, através de dados e da sua transferência, para a atividade económica e empresarial dos setores dos recursos endógenos, com vista ao desenvolvimento tecnológico das mesmas, à sua internacionalização e à promoção da competitividade nos mercados nacionais e internacionais.

“Achados da I Guerra Mundial” expostos no Museu Militar de Elvas

DSC_0015O Museu Militar de Elvas tem uma nova exposição temporária, com alguns “Achados da I Guerra Mundial”. Trata-se de uma mostra, que abriu ao público na terça-feira, 18 de maio, por ocasião do Dia Internacional dos Museus.

Para este ano, como revela o diretor do museu, major Carlos Carretas, o Conselho Internacional dos Museus propôs, para as comemorações deste dia, o tema “O Futuro dos Museus: Recuperar e Reimaginar”. “Associámo-nos a esta causa, recuámos cem anos e fizemos esta exposição com artigos da Primeira Guerra Mundial”, acrescenta.

Entre os elementos que compõem a mostra, Carlos Carretas destaca “uma parte do serviço da saúde, o armamento que participou na Primeira Guerra Mundial e ainda uma coleção de transmissões”.

A exposição, que conta com entrada gratuita, pode ser visitada, até final de junho, entre as 9 e as 18.30 horas, de terça-feira a domingo.

João Muacho: obra da Fortificação de Campo Maior “é projeto extremamente feliz”

DSC_2302A requalificação da Fortificação Abaluartada de Campo Maior resultou num investimento global de cinco milhões de euros.

Desde os meios baluartes, ao interior do Castelo, Praça Velha, quartéis do tronco, foram algumas das zonas intervencionadas, num total de 1600 metros que foram intervencionados.

A Rádio Campo Maior visitou toda esta zona da Fortificação, e foi no Meio Baluarte do Curral dos Coelhos que, João Muacho, presidente da Câmara de Campo Maior, afirmou que este se assume como “um local emblemático da vila”, localizado nas traseiras do castelo.

O presidente considera que este, “é um projeto extremamente feliz e onde os campomaiorenses, que possam visitar o espaço, se revejam neste, que foi feito a pensar na população e também no turismo”. A expectativa é que, depois do espaço estar completamente visitável, que os turistas “passem a palavra da beleza do concelho, em particular do Centro histórico”.

A obra está numa fase de conclusão, depois de 10 anos de estudos, projetos, lançamentos de concursos e protocolos. Passados três anos do início da obra, está agora numa fase de conclusão.

“Aqui o que se vê é uma obra maravilhosa para os campomaiorenses”, diz João Muacho, considerando que “todos nos sentimos extremamente orgulhosos, por aquilo que conseguimos para Campo Maior, nos últimos anos, nomeadamente por esta requalificação, que devolve este espaço, que estava como ocupação ilegal, e passou a ser de fruição dos campomaiorenses”.

Já na Zona da Praça Velha foi dada “uma maior dignidade ao espaço”, que segundo o presidente da Câmara está “mais aprazível, criou-se estacionamento e tem mais segurança, as pessoas estão satisfeitas com o que têm e com o que fizemos por Campo Maior”, remata João muacho.

Obra na Fortificação Abaluartada de Campo Maior que está praticamente concluída, num investimento de cinco milhões de euros, que devolve assim o património da vila aos campomaiorenses.

Centro Interpretativo da Fortificação em Campo Maior conta a história da vila

DSC_0191Na Praça Velha, em Campo Maior, está localizado o Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada, que ainda não está concluído para reabrir ao público.

Este Centro, como revela João Muacho, presidente da Câmara de Campo Maior, vai retratar a história da vila, desde os seus primórdios até aos dias de hoje. “Haverá imagens da fortificação, das Festas do Povo, de alguns generais e oficiais que defenderam Campo Maior nos cercos, nomeadamente em 1911, das guerras napoleónicas, e no cerco de 1712”, refere João Muacho. O objetivo é que quem visite a Fortificação, “este seja o primeiro local onde vai ser acolhido e dali pode planear uma visita pela própria fortificação, interior do castelo, baluartes”.

Também no interior deste Centro Interpretativo há um pequeno auditório, com uma vertente “não só para mostrar o que os turistas podem visitar e conhecer na Fortificação, mas também para realização de diversas iniciativas, como Assembleias municipais, iniciativas de cariz cultural ou social, é assim uma mais valia para o nosso território, certamente, revela, o presidente.

A obra de recuperação da fortificação representa um investimento total na ordem dos cinco milhões de euros, 600 mil destinados a este centro interpretativo.

Utentes ansiavam pelo regresso ao Centro de Dia da Santa Casa de Campo Maior

DSC_0006O Centro de Dia da Santa Casa de Campo Maior, devido às obras que decorrem, nas instalações da instituição, funciona agora no edifício das piscinas municipais.

O regresso dos cerca de 20 utentes ao Centro de Dia era muito aguardado, sendo que como revela Rosália Guerra, “o primeiro desafio foi saber a reação dos utentes ao novo espaço, tínhamos muita expetativa, e o desafio foi permitir que os idosos explorassem o novo espaço e se sentissem bem”. Depois há outra vertente, que “é deixar que as pessoas façam o que gostam, que ocupem o dia com atividades que lhes deem prazer, e possam prolongar a sua autonomia a favorecer a socialização”.

A socialização dos idosos ficou “mais comprometida, com a pandemia, o que revelava uma pioria do seu estado físico, mental e cognitivo”, apesar de não terem deixado de acompanhar as pessoas, durante esse tempo, revela Rosália Guerra, admitindo que “foi sentida uma alegria inadjetivável, quando estes utentes regressaram ao Centro de dia, pela sensação de poder voltar a conviver e ao mesmo tempo, o benefício que isso lhes traz para o seu bem-estar e felicidade”. Neste momento, “o foco é deixá-los livres e deixá-los desconfinar”.

Rosália Guerra afirma que “não podemos continuar a ver os idosos como uma gaveta à parte, porque a pandemia veio demonstrar que os idosos ficaram numa a situação difícil”, relativamente ao confinamento, e muitos sentimentos de aprisionamento surgiram nas cabeças dos mais velhos, e nós temos feito um trabalho, no sentido de perceber quando os podemos deixar regressar a normalidade”.

“Os idosos são pessoas como as outras e não podemos deixar que a Covid feche mais os idosos, que foi algo que nos preocupou, por isso tentamos facilitar o desconfinamento dos idosos, com segurança”.

É ao som das saias de Campo Maior que estes utentes desenvolvem ali, diversas atividades. Todos os dias, explica Rosália Guerra, “tentamos perceber quais as fontes de bem-estar dos utentes, para reavaliar estas fontes, e uma delas é a música, também tentamos proporcionar alguma ligação com o exterior, portanto há um conjunto de fatores aqui que proporcionam esse bem-estar aos idosos, algo que é notório quando se entra no espaço”, revela Rosália.

A nossa reportagem quis saber a opinião de alguns idosos sobre este regresso e também das instalações onde agora se encontram.

Alexandrina Abreu explica que o tempo em que esteve em confinamento, em casa, “foi difícil” e já pensava que não abria o centro de dia, por isso entrou para o Lar, mas ao ver pessoas mais doentes, voltou para casa e quando abriu o centro de dia “foi uma alegria”, porque tal como revelo, “me distraio e na minha casa estava sempre a chorar”. Aqui, “cantamos, fazemos ginástica, bailamos, tinha muitas saudades do convívio”, assumindo que é melhor estar naquele espaço, do que em casa.

As lágrimas que verteu durante o tempo em que esteve sozinha em casa transformaram-se agora em sorrisos, ainda que por detrás da máscara, quando regressou ao Centro de Dia, revela Alexandrina.

Outra utente, Margarida Fialho revela que sentia muita falta do convívio no Centro de Dia, porque “somos uma família”. “Só de vir na carrinha saio e vejo as ruas da vila, aqui convivo e falo com as pessoas, já em casa chorava muitas vezes e aqui estou muito melhor”. Demonstra-se por isso “contente pelo regresso, até tenho menos dores, agora distraída sinto menos dores, sinto-me bem aqui”, explica.

Os utentes que já regressaram ao Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, que por agora, funciona no edifício das piscinas municipais.