Nesta altura, a Enxara, em Campo Maior, enche-se de gente, que por ali acampa, nas margens do Rio Abrilongo, para dar continuidade a uma tradição secular.
Como forma de celebrar o aniversário do filho, António Silva, juntamente com um grupo de amigos, decidiram preparar uma festa surpresa e acampar na Enxara, após alguns anos sem fazerem este acampamento junto ao santuário. “Nós somos aqui da Freguesia de Degolados e normalmente nós vamos sempre para o Baldio de Arronches. Este ano o meu filho faz anos e nós fizemos uma festa surpresa, juntamente com os amigos”.
Adiantando que toda a romaria em torno da Nossa Senhora da Enxara “tem muita importância para todos os campomaiorenses e para quem pertence ao concelho”, António Silva acredita que os filhos “vão continuar com esta tradição”. “Pensei que com os meus filhos isto (as festividades) pudesse acabar, mas não, eles estão apanhar o ego do pai e fazem com que a festa vá para a frente e eu fico feliz por isso”, conclui.
Para Eduardo Marques estas festividades representam “tudo” desde “o convívio à religião”. “Passamos aqui os dias, a comer, a beber e conviver com os amigos e família” assegura.
Este domingo, começam oficialmente as festividades, com Missa da Ressureição, às 16h, garraiada, às 18h, e à noite, às 22h, baile com animação a cargo do Duo Musical CR.
Já esta segunda-feira, a Missa de Ação de Graças vai ter lugar às 16h, seguida de procissão em Honra de Nossa Senhora da Enxara, às 17h, e o sorteio, às 18h.
A Feira do Queijo de Rio de Moinhos está de volta para o segundo dia do certame a decorrer na tenda multiusos da freguesia, depois do primeiro dia com bastante afluência de interessados em degustar e comprar nos diversos expositores de queijos e enchidos.
Tendo esta localidade a tradição queijeira há já várias gerações, João Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, destaca que “Rio de Moinhos e os queijos sempre estiveram de mãos dadas, tanto que durante algum tempo esta feira foi realizada em Borba, mas de há um tempo para cá, Rio de Moinhos foi o local escolhido para realizar esta feira e faz todo o sentido”. O presidente frisa ainda que este certame é “fundamental para a expor estes produtos, tanto a nível de produtores como a nível do comércio do freguesia, em que temos mais turismo, o que é excelente para a economia local”.
Para o autarca, o queijo de Rio de Moinhos é diferenciado de todos os outros devido “à maneira como é feito, pois ainda é de forma artesanal e de uma sabedoria familiar que vai passando de geração em geração”, acrescentando que um outro ponto a favor é a “produção de leite a nível local” através das ovelhas criadas na região.
Quanto às atividades a decorrerem hoje neste certame, destaca-se o roteiro das tasca, apelidado o “Vamos fazer as onze”, acompanhado com grupos de Cante Alentejano, seguindo-se uma tarde de folclore e de fado com artistas provenientes do concelho de Borba a partir das 15h30. Já no horário da noite, às 21h a artista Micaela sobe ao palco para um espetáculo musical, finalizando o dia com mais uma noite jovem, com a organização da Comissão de Festas.
São muitas as pessoas que, por esta época de Páscoa, rumam até à zona da Enxara para acampar e passar uns dias descontraídos com a família e amigos e, nem com a previsão de chuva, os campomaiorenses deixaram de cumprir esta tradição.
Maria Beringela vem à romaria em honra de Nossa Senhora da Enxara desde que tinha “meses de vida”, sendo estas festividades um símbolo “de tradição, amizade e cultura da vila de Campo Maior”, sendo “super bom manter esta tradição viva durante tantos anos”. Para Maria Beringela o mais importante de tudo “são as pessoas, a comida e bebida, estes detalhes é que fazem a Enxara”.
Desde pequena Maria Rosinha acampa com a família, que fica ano após ano “à espera que as festas voltem acontecer”. Agora com 20 anos, Maria está “acampar junto das primas”, mas sempre perto dos país que “estão umas tendas mais à frente”. “Estas festividades representam convívio, estarmos com os nossos amigos, divertimo-nos, irmos de acampamento e acampamento conviver com pessoas”, acrescenta.
Este sábado, às 21h, vai decorrer um dos momentos mais esperados da romaria, a garraiada noturna.
Já este domingo, começam oficialmente as festividades, com Missa da Ressureição, às 16h, novamente garraiada, às 18h, e à noite, às 22h, baile com animação a cargo do Duo Musical CR.
Na segunda-feira de Páscoa, a Missa de Ação de Graças vai ter lugar, às 16h, seguida de procissão em Honra de Nossa Senhora da Enxara, às 17h e o sorteio, às 18h.
A Feira do Queijo está de regresso a Rio de Moinhos, no concelho de Borba, para mais uma edição, a ter lugar entre sexta-feira e domingo, de 18 a 20 de abril na Tenda Multiusos de Rio de Moinhos. Tendo como foco principal a promoção deste produto endógeno feito nesta freguesia ainda de forma tradicional, este certame conta com produtos regionais de excelência, com 25 expositores no total, muita animação musical e uma diversidade de atividades para todos os gostos e idades.
Tal como manda a tradição, e a pedido dos sete queijeiros presentes na tenda multiusos, esta feira continua a decorrer no fim de semana da Páscoa, o que faz com que estejam abertas as portas para três dias de muita animação, quer a nível musical, quer a nível de eventos a decorrer em paralelo com este certame, sempre como tema forte da promoção do queijo de Rio de Moinhos, em associação com tudo o que Borba tem de para oferecer aos seus visitantes.
Esta sexta-feira, 18 de abril, fica marcada pela sessão de abertura que contou com o discurso do presidente da Câmara Municipal de Borba, António Anselmo e do presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, João Lopes. Para António Anselmo, este evento traduz-se “na promoção desta freguesia através daquilo que produz e da sua qualidade, o que é fundamental para o desenvolvimento deste tipo de produtos que são um cartão de visita do concelho de Borba”. Destacando ainda “a forma artesanal no seio familiar como este queijo é produzido, em que cada produtor tem a sua especificidade de queijo, o que torna Rio de Moinhos um local conhecido pelos seus queijos de grande qualidade”.
Para João Lopes, esta feira traduz-se “numa satisfação por parte dos produtores, onde têm o espaço para expor e promover os seus produtos, tal como os próprios habitantes e comerciantes também, pois traz movimento e turismo a esta freguesia, ajudando no desenvolvimento da economia local”.
A Cidade do Vinho 2025 também está presente com stand próprio onde decorrerão apresentações e degustações de vinhos do Território da Serra d’Ossa (com os vinhos: “Courelas da Torre”, BioManelicos e Adega de Borba).
Ainda hoje está agendado a partir das 15h30, uma sessão de dança jovem com os Grupos: Flash Dance, Juvendance, Nadirash e Magic Kids e depois Cante Alentejano a partir das 17h00, com os Garridos e Ferrenhas d’Ossa e ainda o Grupo Chegam às Tantas de Arraiolos.
Já à noite, às 21h está marcada a Procissão do Enterro do Senhor, e às 22h30 o espetáculo musical com os Cantadores, seguindo-se a noite jovem a partir das 00h00 animada pela Comissão de Festas do Grupo Recreativo e Cultural de Festas de S. Tiago Rio de Moinhos.
Faça chuva ou faça sol, tradição é tradição. Embora com menos afluência face a anos anteriores, a Ajuda, em Elvas, até domingo, 20 de abril, volta a ser a moradia de alguns, que escolhem o campo para passar esta época da Páscoa.
O famoso Fanan Brás, que é sempre o primeiro a chegar e o último a ir embora, revela que, com amigos e familiares, já passou uns bons momentos na Ajuda. “Montei no sábado e ficámos logo cá a dormir. Já aqui passámos umas noitadas e no domingo já apanhei uma bebedeira”, confessa.
Embora com São Pedro a ser pouco simpático, dada a chuva e o vento, Fanan Brás promete só regressar a casa na segunda-feira. “Pode chover, que eu não fujo daqui. Adoro isto e tenho condições, tenho tudo preparado para o temporal”, garante.
A cumprir esta tradição há 36 anos, Fanan, que chega a juntar entre 15 a 20 familiares e amigos na sua tenda, recorda que, para passar estes dias em grande na Ajuda, precisa de montar uma “casa completa”.
No domingo, o borrego à mesa é uma obrigação. “Não pode faltar. Ficava doente se não tivesse o borrego”, garante Fanan, adiantando que cabe ao filho temperar a carne, no sábado, para ser degustada no domingo.
Já Sandra Gonçalves, que desta vez só passa um dia na Ajuda, recorda que a tradição de rumar ao campo, por esta ocasião, foi-lhe passada pelos seus pais e avós. Lembrando que, à semelhança do que acontece este ano, também em 2024 o estado do tempo não está muito convidativo, garante que “a festa faz-se À mesma”.
“Damos uma voltinha, estamos em convívio, com a família e vimos comer o borrego”, revela ainda Sandra, quando questionada sobre como são passados estes dias no campo.
Algumas das imagens da Romaria de Nossa Senhora da Ajuda para ver na galeria abaixo:
Os campomaiorenses, e não só, estão de regresso ao campo, junto ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara, para o tradicional convívio de Páscoa, que dura até segunda-feira, dia 21 de abril, feriado municipal de Campo Maior.
Ao longo de toda a semana, vários grupos foram transportando, de suas casas, tendas, cadeiras, mesas e tantos outros utensílios e instrumentos necessários para passar, nas melhores condições possíveis, estes dias ao ar ao livre.
Este foi o caso de Ricardo Rosinha, que está no recinto desde o passado sábado, marcando presença nas festividades “há muitos anos” juntamente com o grupo de amigos. Para passar um bom momento de convívio, segundo Ricardo Rosinha, “não pode faltar comida, bebida e dormida”. “Esta é romaria muito antiga, estamos habituados e gostamos de vir para aqui”, conclui.
Sendo esta uma tradição realizada há largos anos, Vítor Toméparticipa na romaria desde muito jovem, sendo que agora traz os filhos “para este momento bom que são as festas da Nossa Senhora da Enxara”. Para Vítor Tomé este é um local “com muita história”, esperando “continuar a fazer ainda mais histórias”.
Já Diana Ribeiro, campomaiorense de raiz, mas emigrante no Luxemburgo, vem de propósito, ano após ano, nesta altura de Páscoa, celebrar as festas em honra de Nossa Senhora da Enxara. “Para mim é a festa que mais significado tem, mesmo que não venha no verão, a Enxara para mim é obrigatório. É algo que eu sinto que não tem explicação, gosto de passar aqui os dias sem horários, sem nada a fazer, é um momento de relaxar, aproveitar” adianta.
Este sábado santo, às 21h, vai decorrer um dos momentos mais esperados da romaria, a garraiada noturna.
Já no domingo de Páscoa, começam oficialmente as festividades, com a Missa da Ressureição, às 16h, novamente garraiada, às 18h, e à noite, às 22h, baile com animação a cargo do Duo Musical CR.
Na segunda-feira de Páscoa, dia de feriado municipal, a Missa de Ação de Graças vai ter lugar às 16h, seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Enxara, às 17h, e o sorteio, às 18h.
Van Zee, Wet Bed Gang, MC Pedrinho e Mizzy Miles são os cabeças de cartaz de mais uma edição do Festival da Juventude e Académica de Elvas, que está de regresso ao coliseu da cidade, de 15 a 17 de maio.
O evento, no qual a Câmara Municipal de Elvas, segundo o presidente Rondão Almeida, investe 200 mil euros, é um festival “para e com os jovens”. “Tudo aquilo que vai acontecer no coliseu, no decorrer destes três dias, vem das opiniões dos jovens: foi feito um inquérito a quase um milhar de jovens para dizerem de sua justiça, de quem é que gostariam de ver em palco, e foi na base dessa auscultação que a Câmara Municipal acabou por fazer este investimento”, assegura.
Na organização do evento, o município conta, uma vez mais, com a colaboração de “meia dúzia de associações”, como a Arkus, a Gota d’Arte e as próprias associações de estudantes da Escola Secundária D. Sancho II e da Escola Superior de Biociências.
A expectativa do autarca é que esta venha a ser a edição mais participada de sempre do festival. “Pelo preço dos bilhetes e da pulseira, eu acho que vamos ter o maior festival e o maior número de jovens dentro do coliseu”, comenta Rondão Almeida, que lembra que este, acima de tudo, é um evento que possibilita, uma vez por ano, momentos de animação aos jovens.
No primeiro dia, 15 de maio (quinta-feira), para além de Van Zee, sobem a palco Youth Revolution, DJ Vina, Alentuna e Tunas Convidadas, DJ Peat e Gao Percussion. O Opening Set estará a cargo de DJ Gamuski. Já no dia 16, aos Wet Bed Gang juntam-se os B3L2, DJ Limacoox e Los Primos, com o Opening Set a ficar à responsabilidade do DJ Perico. Por fim, a 17 de maio, para além de MC Pedrinho, atuam também no evento Mizzy Miles, Deejay Sam e Quintasz. O Dj Dinga é o responsável pelo Opening Set.
Desta vez, o festival vai contar com um total de seis palcos. “Para além do palco principal e do Opening Set By, vamos ter outros quatro palcos, para os bailarinos do grupo Angry Nerds, que vão proporcionar momentos de animação, criando uma interação com a juventude, ativando a marca do próprio festival”, explica o vereador Cláudio Monteiro.
À semelhança do que aconteceu no ano passado, também desta vez a Câmara Municipal vai dar oportunidade aos jovens do concelho ou que estudem em Elvas de serem os apresentadores e repórteres digitais do evento. As candidaturas serão feitas com o envio de um reel, com a duração máxima de um minuto, em que os jovens, dos 16 aos 35 anos, devem explicar por que motivos devem ser os escolhidos.
A entrada no primeiro dia do festival é gratuita, sendo que os bilhetes têm um custo de dez euros para o segundo dia e de 12 para o terceiro, enquanto a pulseira custa 18 euros. Os bilhetes e as pulseiras encontram-se à venda na Ticketline bem como em quatro agentes oficiais, em Elvas: no Coffee Time Adequeduto e nas papelarias Cidade Nova, Nova Elvense e do Intermarché.
O Festival da Juventude e Académico de Elvas foi apresentado, ao final da manhã desta terça-feira, 15 de abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na presença de vários jovens e dos representantes de associações como a Arkus e a Gota d’Arte.
O Domingo de Ramos foi celebrado ontem, 13 de abril, em Campo Maior, com a realização da Via Sacra ao vivo, encenada e organizada pelos jovens da catequese.
Esta iniciativa teve início no Jardim Municipal e percorreu as principais artérias da vila, terminando na Igreja de São Sebastião, à qual se juntaram centenas de campomaiorenses.
O presidente do Município de Campo Maior, Luís Rosinha, e os vereadores Paulo Pinheiro e São Silveirinha estiveram presentes na celebração.
Vila Boim celebrou a tradicional Procissão dos Passos em Domingo de Ramos. Já em final de tarde, a devoção e a fé fizeram-se sentir em cada momento e no cântico de Verónica.
Acompanhada ao som da Banda 14 de Janeiro, a procissão retrata o percurso de Cristo até à crucificação, percorrendo os cinco passos da freguesia do concelho de Elvas.
Sendo “o início da semana santa, onde é feita memória dos acontecimentos fundamentais da história da salvação da humanidade da paixão do senhor”, o padre Marcelino Caldeira sublinha que já é tradição “há mais de 200 anos, Vila Boim fazer a Procissão dos Passos em Domingo de Ramos”.
O padre Marcelino Caldeira destaca “o detalhe delicioso” de Verónica cantar em cada estação o cântico ‘O Vos Omnes’ , que simboliza “uma chamada de atenção aqueles que cruzam os caminhos da vida sem terem Deus presente na sua vida”.
Já José Lérias Trindade, responsável pela Irmandade do Senhor dos Passos em Vila Boim, caracteriza esta procissão como “muito grande e secular” onde se sente “realmente uma devoção muito grande da população de Vila Boim” sendo este um dia que “junta as pessoas que estão fora e regressam para virem viver intensamente este Domingo de Ramos e com a Procissão dos Passos”.
Este momento marcante da vida cristã “tem muito simbolismo” está “no coração das pessoas de Vila Boim (…) é um sentimento que ‘agarra-se entranha-se’ e portanto as pessoas sentem isto do fundo do coração com muita fé”, assegura José Lérias Trindade.
Uma performance intitulada de “Osso Exótico”, na Cisterna de Elvas, e a inauguração da exposição “Diante do Tempo”, no Museu de Arte Contemporânea (MACE), trouxeram na tarde deste sábado, dia 12 de abril, mais uma vez, a arte à cidade nas suas mais diversas formas, estilos e cores.
O colecionador, António Cachola, começa por explicar que estes dois momentos “estão inseridos num projeto, em Elvas, resultado da parceria com a instituição Appleton”. Neste sentido a instituição “decidiu, paralelamente, ao projeto expositivo que está no MACE, apresentar também uma performance com artistas que normalmente a Appleton trabalha”, acrescenta.
Relativamente à performance “Osso Exótico”, António Cachola refere que “esta é uma continuidade de exibições que já foram apresentadas na cidade”, como por exemplo, o projeto dos 15 anos do MACE, da autoria de Susana Mendes Silva, “que apresentou uma performance na Cisterna”.
Neste dia que o MACE e a Appleton se juntam, o colecionador assegura que “não podia deixar de ser apresentada uma das base da arte contemporânea, as performances”
Já a exposição“Diante do Tempo”, são projetos que “já aconteceram na instituição e que foram selecionados pela Appleton para estarem patentes no MACE”, obras que António Cachola caracteriza como “muito interessantes”.
Nas salas onde a mostra está exposta, os interessados podem ver as informações sobre as peças apresentadas através de um QRcode disponível no espaço.
Performance intitulada de “Osso Exótico”, na Cisterna de Elvas, e a inauguração da exposição “Diante do Tempo”, no MACE (que vai estar patente até dia 6 de julho) trouxeram na tarde deste sábado a Elvas sentimentos relacionados com tempo, memória e afeto.