António Sameiro Correia (na foto ao lado) é médico de profissão e tem como hobbie a pintura a aguarela.
Na edição desta semana de Ponto de Vista, António Sameiro Correia conta como surgiu a pintura na sua vida.
Vou passar as férias escolares a casa de um tio, mesmo no coração do Douro, no Pinhal, e descobri em casa do meu tio umas aguarelas escolares. Decidi ir à procura de papel, é claro que não havia papel de aguarela, mas arranjei um papel um pouco mais grosso e comprei uns pincéis e decidi pintar uns soldados da guerra peninsular. Ainda hoje esses quadros estão na minha casa. Começou aí a história de novamente começar a pintar. Entretanto fiz uma série de aguarelas e participei em duas ou três exposições conjuntas, fiz uns trabalhos para a indústria farmacêutica, fiz uns trabalhos também para o Carnaval de Elvas, em que pintei por duas vezes um carro alegórico, refere.
Entretanto Sameiro Correia fica algum tempo sem pintar e explica o porquê: tive um acidente de viação, de bicicleta, e foi complicado, e isso tirou-me um bocado a vontade de continuar. Nessa altura já tinha a casa com imensas aguarelas e a minha filha dizia-me mas porque é que tu não voltas a pintar? e eu dizia, de uma maneira um bocado irónica, o pintor morreu. Eles ficavam muito zangados e entretanto este ano, no Natal, fui confrontado com duas caixas de aguarelas, das melhores aguarelas que há, é claro que quando temos uma coisa nova temos sempre tendência a experimentar e foi aí que aconteceu, voltei a comprar pincéis e papel e comecei a pintar, pelo prazer de pintar.
Esta é uma entrevista para ouvir hoje, na Rádio Campo Maior, às 18.15 horas.