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DECO alerta para uso de pneus usados

pneusA DECO – Associação Portuguesa para Defesa do Consumidor, realizou um estudo sobre a venda de pneus usados em Portugal, que a DECO PROTESTE considera ser “um setor em que os consumidores estão desprotegidos”.

“Dos 89 pneus usados, 50 não deveriam ter sido vendidos por apresentarem falhas que punham em causa a segurança dos ocupantes da viatura. Destes, 18 revelaram menos de 1,6 mm de profundidade de piso (o mínimo legal), 17 tinham mais de 10 anos, 11 eram pneus de inverno e 5 exibiam remendos laterais ou rasgões. Estes resultados revelam que a compra de pneus usados é um risco, dada a falta de regulamentação. O consumidor não sabe a real qualidade do que compra”, referiu Mara Constantino, jurista na delegação de Évora da DECO.

A jurista garantiu ainda que “contas feitas os pneus usados não compensam. Por serem vendidos com menos profundidade de piso, cada milímetro útil tem um custo duas vezes superior ao de pneus novos. Para um pneu usado compensar financeiramente terá de ter 4,5 mm de profundidade de piso ou mais. Já um pneu novo tem cerca de 8 milímetros”.

Face aos resultados, a DECO exige a criação de uma regulamentação para a área, à semelhança do que já existe, por exemplo, no Reino Unido. Devem ser criados padrões mínimos de segurança para os comerciantes de pneus usados cumprirem em todos os produtos que vendam. A avaliação deve basear-se em testes não destrutivos, como insuflagem à pressão máxima e verificação do estado geral do pneu, ou através de outra tecnologia mais moderna e fiável que permita detetar deformações, descontinuidades ou separação das camadas. Também não deve ser permitida a venda de produtos com mais de 10 anos”.

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