A CGTP anda a percorrer o país, de norte a sul, de caravana, desde o passado dia 16 de março, para dizer não à privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF): empresa pública de tratamento e valorização de resíduos urbanos. O Governo terá já aprovado a venda da empresa ao consórcio da SUMA/Mota-Engil.
Para a CGTP esta privatização não tem qualquer justificação, uma vez que a EGF é rentável. De acordo com o sindicalista Francisco Vieira, em 2013, apesar da crise, a empresa registou um volume de negócios recorde, no valor de 173 milhões de euros e lucros de 15 milhões. É esta a empresa estratégica e valiosa que o Governo pretende vender por 150 milhões, acrescenta.
Caso a privatização da EGF se concretize, cerca de 400 postos de trabalho podem ser eliminados. Francisco Vieira espera que o negócio não se chegue a tornar uma realidade; isto, porque o processo ainda não está concluído. O desfecho está nas mãos da Autoridade da Concorrência, entidade que já manifestou dúvidas sobre o negócio, confirmando os alertas dos municípios e trabalhadores para imensos perigos decorrentes da privatização: controlo de mercado, aumento de preço, degradação dos serviços, redução de direitos sociais e laborais.