Carlos Costal (na foto), o homem que foi detido aquando das celebrações do 10 de junho em Elvas, por alegadamente ter difamado o Presidente da República, continua à espera que o processo tenha um desfecho.
Na altura, a 9 de junho de 2013, Carlos Costal foi detido por injúrias ao Presidente da República e condenado pelo tribunal de Elvas a 200 dias de multa, ao valor de 6,50 euros por dia, totalizando 1300 euros.
Entretanto, o Ministério Público quer levá-lo novamente a tribunal, uma vez que a sentença foi anulada por causa de uma irregularidade e foi instaurado um novo inquérito. “O primeiro julgamento foi anulado, devido ao facto de eu ter sido julgado num processo sumário e o crime de que eu estou acusado não é passível de ser julgado dessa forma”, esclareceu.
Hoje, 10 de junho de 2014, um ano depois, Carlos Costal regressou ao local onde tudo aconteceu e partilhou o seu descontentamento com o arrastar do processo.
Fui ouvido novamente pelo Procurador Distrital do Ministério Público. Neste momento estou à espera da marcação do julgamento, que nunca terá lugar antes das férias judiciais. Só para setembro ou outubro irei a julgamento.
Andamos a brincar aos Julgamentos Costal
À Rádio Campo Maior, Carlos Costal, natural de Campo Maior, revela-se injustiçado e discriminado, considerando que “a justiça não é igual para todos”, ao mesmo tempo que diz estranhar a persistência relativamente a este processo. Apenas fiz um protesto e é triste recordar esse episódio. São coisas de políticos fracos, porque há tanta coisa com que um Presidente da República se deve preocupar e andamos aqui a brincar aos julgamentos.
Termo de Identidade e Residência há um ano
Carlos Costal está com Termo de Identidade e Residência há um ano, como medida de coação aplicada pelo Tribunal de Elvas.
Após a anulação do primeiro julgamento, Carlos Costal começou a preparar a sua defesa, sendo que decorreu um novo inquérito para apurar os factos ocorridos a 9 de junho aquando da chegada de Cavaco Silva ao Parque do Viaduto, na Avenida de Badajoz, onde decorria a inauguração da exposição de material das Forças Armadas, no âmbito das comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.