Aprovada, recentemente, a Proposta de Lei que aprova a Lei de Saúde Mental, e que altera a legislação conexa, Campo Maior volta a poder sonhar com um projeto há muito ambicionado, a tão desejada Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).
O presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, espera agora que este projeto, delineado há vários anos, possa vir a ser uma realidade. “Campo Maior tem um projeto perfeitamente definido, naquilo que poderia ver a ser uma solução para a saúde mental. Não sendo, que seja para uma UCCI”, começa por dizer.
“Nós já demos a conhecer este projeto às entidades competentes e aquilo que queremos marcar é que Campo Maior tem um projeto com alta maturidade e perfeitamente adaptável àquilo que possa ser a futura Lei da Saúde Mental”, adianta o autarca, tendo esperança que Campo Maior possa vir a ser “o polo do Alto Alentejo, onde possa vir a ser trabalhada a saúde mental, no pós-lei e depois de aprovação da mesma”.
O projeto inicial terá agora de ser adaptado à Lei da Saúde Mental, sendo que Luís Rosinha revela ainda que, candidatada a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a futura unidade contará com cerca de 40 quartos.
A própria gestão da UCCI, lembra ainda o autarca, nunca poderá ser feita pelo Município de Campo Maior, pelo que o projeto terá, obrigatoriamente, de contar com alguns parceiros.
De recordar que o estudo prévio para este projeto da UCCI, que pode colocar Campo Maior na linha da frente da saúde mental a nível nacional, foi apresentado em 2016, no decorrer do mandato de Ricardo Pinheiro.
A proposta de lei insere-se na reforma da saúde mental que o Governo quer concluir até final de 2026 e que recorre a 88 milhões de euros para investimentos nesta área, disponíveis no âmbito do PRR.