Na Extremadura, a Covid-19 já matou quase duas mil pessoas, sendo que, praticamente, uma em cada dez pessoas, nesta região do país vizinho, esteve infetava. Mas para além das consequências trazidas, pela pandemia, a estas pessoas, muitas daquelas que precisam de tratamentos específicos viram-se impedidas de o fazer.
Cerca de 70 por cento das pessoas que vivem com uma doença rara, por exemplo, não puderam receber tratamentos. Com a necessidade destas pessoas serem protegidas da Covid-19, os centros de reabilitação acabaram por ser mesmo encerrados. 30 por cento enfrentou ainda atrasos em exames, intervenções cirúrgicas ou até no próprio diagnóstico da doença.
Estes dados foram divulgados ontem, pelo conselheiro da Saúde e dos Serviços Sociais da Extremadura, José María Vergeles (na imagem), que esteve no Hospital Universitário de Badajoz, na inauguração de um fórum dedicado a doenças raras. Apesar de toda a atividade, a este nível, suspensa, durante a primeira vaga da pandemia, José María Vergeles garante que está agora a ser recuperada. Ainda assim, não esconde que este período conturbado contribuiu para o aumento de casos de deficiência em pessoas que têm doenças raras.