A Unidade de Cuidados Intermédios Médicos do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) entrou em funcionamento no decorrer do mês passado. Este é um projeto inovador que permite dar resposta aos doentes que necessitem de cuidados médicos de nível 1.
Esta nova unidade surge para dar resposta “a várias solicitações e necessidades” do hospital, permitindo “um acompanhamento mais profundo a doentes com uma disfunção de órgãos mais significativa”, explica o médico Rui Matono, diretor dos Serviço de Urgência e Emergência e de Medicina Intensiva do HESE. Pretende-se, agora, “melhorar os cuidados aos doentes que, assim, alguns deles podem ficar devidamente monitorizados, vigiados e tratados numa unidade diferenciada”. Para além disso, revela ainda o médico, estes doentes ficam sem correr riscos maiores de serem internados em unidades de cuidados intensivos.
Esta nova unidade iniciou a sua atividade com uma capacidade de quatro camas para doentes que não necessitem de isolamento e duas camas para doentes com necessidade de isolamento, num total de seis camas. A curto/médio prazo, em função da situação epidemiológica na região, poderá aumentar a sua capacidade para nove camas. A equipa da Unidade de Cuidados Intermédios Médicos é constituída por cerca de 16 médicos e 25 enfermeiros, revela ainda Rui Matono.
Rui Matono garante que esta Unidade de Cuidados Intermédios Médicos acaba por ser “uma forma diferente de estar, em termos hospitalares”, resultando, de alguma forma, das oportunidades trazidas pela pandemia, ao nível da modernização e dinamização das equipas.
A Unidade de Cuidados Intermédios Médicos é um dos primeiros projetos do Serviço de Urgência e Emergência e de Medicina Intensiva do Hospital de Évora, o primeiro Centro de Respostas Integradas a nível nacional da área da urgência, emergência pré-hospitalar e medicina intensiva, que tem como objetivos centrais: melhorar os tempos de resposta, aumentar a acessibilidade dos utentes, fazer uma melhor articulação e integração com os Serviços do hospital e com os Cuidados de Saúde Primários, investir na formação dos profissionais, na investigação, e na diferenciação da atividade assistencial.