Desde julho do ano passado que as discotecas e os bares têm luz verde para a funcionar mas com as regras dos cafés e pastelarias, tendo que encerrar às 20 horas.
Agora, as pistas de dança, por exemplo, só podem ser aproveitadas para colocar mesas e os espaços noturnos apenas estão autorizados a servir refeições ligeiras.
Em Elvas, a porta do Europa Bar não se abre para os clientes desde março de 2020. O som da música ambiente foi substituído por um silêncio surpreendente.
O proprietário do espaço, Tiago Pereira, refere que tem sido “bastante difícil, com muitas despesas e poucas ajudas. Isto é um balde de água fria porque este bar é diferente de discotecas e outros bares. Falamos de um bar pub, com música ambiente e acolhedor. Isto é um bar de inverno. O nosso objetivo era trabalhar bem nove meses, uma vez que no verão as pessoas preferem as esplanadas, e afinal parou tudo”.
De acordo com o empresário, o Europa Bar “foi dos primeiros estabelecimentos a encerrar, prevendo já uma situação catastrófica para o setor”. Tiago Pereira refere que encerrar às 22 horas o impede de trabalhar uma vez que “é a essa hora que os clientes começavam a chegar”.
O apoio do Governo ao setor da noite tem sido bastante limitado. Tiago Pereira garante que “nem dava para pagar a água e a luz”. O proprietário do bar lamenta que a diversão noturna nunca mais seja a mesma porque as pessoas “vão acabar por ter medo”.