A situação financeira das corporações de bombeiros do país tem vindo a agravar-se, nos últimos meses, tendo em conta que, com a pandemia, reduziu, drasticamente, o número de transporte de doentes feitos pelos soldados da paz: a principal fonte de receita da associações humanitárias.
Para além disso, são agora muitas as despesas com os equipamentos de proteção individual a usar pelos elementos das corporações. O atual presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Monforte, Gonçalo Lagem, garante que as corporações, a nível nacional, “têm sido muito sacrificadas, tendo em conta que o transporte de doentes reduziu, o que consequentemente, trouxe dificuldades financeiras pela falta de receita”.
O também presidente da Câmara de Monforte explica que as associações “dependem maioritariamente das câmaras municipais ou da Autoridade Nacional da Proteção Civil”, sendo que esta última, revela, atribuir uma mensalidade a cada corporação.
Ao nível do transporte de doentes, explica ainda, e exemplificando com a situação em Monforte, “há 25 mil euros de receita e 24.900 de despesa”.
“As corporações devem estar aptas para prestar o melhor serviço de socorro às populações, e não devem estar à mercê da boa vontade das pessoas, da sua generosidade, e de campanhas de solidariedade”, assegura, garantindo ainda que as mesmas “devem estar dotadas de recursos, equipamentos e de condições financeiras, para fazer face a uma urgência”.
Outro dos objetivos do atual presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Monforte passa por “recrutar mais jovens voluntários, para a corporação, para que sejam cada vez mais aqueles que prestam socorro e apoio à população do concelho de Monforte”.