Cerca de 32 por cento dos empregadores portugueses, segundo um estudo da Manpower Group, não conta retomar os níveis de contratação, que se verificavam no período pré-pandemia, sendo Portugal um dos países de toda a Europa que revela menos otimismo em relação à possibilidade de recuperar estes valores de contratação em menos de um ano.
No caso do distrito de Portalegre, e segundo o presidente da NERPOR, Jorge Pais (na foto), não havendo dados concretos relacionados com esta questão, a região acompanha a tendência nacional, sendo que os empresários, perante as dificuldades, estão a reduzir o número de empregados.
“A nossa região, com menor número de empresas (em relação a outras regiões do país), tem características especiais e, infelizmente, toda a perda de emprego teve um impacto irreversível”, explica Jorge Pais, adiantando que os empresários “não estão apenas a pensar fazer essa redução temporária”, mas de uma forma definitiva.
Perante o desemprego que advêm desta situação, a população desempregada, adianta Jorge Pais, vê-se obrigada a procurar trabalho fora da região e do próprio país. “Vão ter de procurar aí a sua vida pessoal e profissional, porque na nossa região não estão criadas condições para esse efeito”, acrescenta.
O presidente da NERPOR revela ainda que, do seu ponto de vista, “há que reforçar o tecido empresarial e combater esta situação, criando novas empresas, novos empregos e novas oportunidades”, remata.
A percentagem de empregadores que espera retomar a atividade antes da pandemia, no espaço de um ano, desceu para 29 por cento. Relativamente à contratação, 32 por cento dos empregadores portugueses não conta retomar os valores de contratação pré-pandemia.
Estes dados, apresentados recentemente, “foram recolhidos durante a segunda vaga da pandemia e não refletem ainda o impacto do anúncio do início da campanha de vacinação contra a Covid-19, que dá um novo alento às empresas”, revela a nota de imprensa da Manpower Group.