O Município de Borba e a Fundação Batalha de Aljubarrota vão assinar um protocolo de cooperação com o objetivo de valorizar o campo da Batalha de Montes Claros.
Há vários anos que as duas entidades têm mantido conversações quanto à importância histórica e cultural da Batalha de Montes Claros, que ocorreu a 17 de junho de 1665. Pretende-se, assim, aumentar o conhecimento sobre a importância da Batalha, criando condições que potenciem o aumento de visitantes no campo da Batalha de Montes Claros e no concelho de Borba, cientes do crescente interesse que se tem verificado, um pouco por toda a Europa, pelo estudo e conhecimento da forma como decorreram batalhas decisivas para o curso da História.
Em perspetiva, estará também a criação de um Centro de Interpretação da Batalha de Montes Claros, que deverá dispor de um elevado grau de qualidade na vertente histórica, científica e didática, de forma a dignificar adequadamente o seu valor histórico. A Secretaria de Estado da Cultura classificou o campo da batalha como Monumento Nacional em dezembro de 2012.
No local foi mandado edificar pelo Príncipe Regente D. Pedro o Padrão de Montes Claros, uma coluna em mármore para assinalar uma das mais importantes batalhas da história de Portugal. Passando neste local a estratégica estrada entre Vila Viçosa e Estremoz, o Marquês de Caracena tentou impedir que as tropas portuguesas acudissem Vila Viçosa, onde os espanhóis pretendiam destruir o Palácio dos Duques de Bragança, símbolo da nova dinastia. As tropas portuguesas, comandadas pelo Marquês de Marialva e pelo Conde das Galveias conseguiram o feito de derrotarem o mais poderoso exército da Europa, mostrando ao Mundo que uma reconquista de Portugal por Espanha seria uma tarefa dispendiosa, demorada e mesmo impossível. Graças a esta batalha, a paz entre os dois países foi assinada em 1668, iniciando uma nova era de prosperidade, otimismo e riqueza para Portugal.